Retratos de uma capital cheia de vida e de pessoas. Para comemorar os 65 anos de Brasília e do Correio Braziliense, o jornal vai abrir, na Casa de Chá, uma exposição com 42 imagens icônicas da cidade, que ficará aberta ao público entre os dias 9 e 23. Com o tema "Quando os brasilienses se encontram", o evento ocorrerá no tradicional espaço administrado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac-DF) e um dos cartões-postais de Brasília. A abertura, só para convidados, acontece no dia 8.
A curadora e gestora do Centro de Documentação e Memória do Correio Braziliense, Cilene Vieira, destaca que, durante o processo, procurou-se fazer uma conexão com o caderno especial, que comemora o aniversário de Brasília e do Correio Braziliense, previsto para o dia 21. "É um trabalho muito coletivo e, para chegar naquilo que vai atender o objetivo da exposição, discutimos com muitas áreas, incluindo a redação", comenta. "A partir dessa conversa, escolhemos um tema que fala sobre momentos em que os brasilienses se conectaram, seja para comemorar, chorar ou se divertir, por exemplo", avalia.
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A proposta, segundo Cilene, é desmistificar a ideia de que Brasília é uma cidade onde a população não se encontra e é vazia. "Infelizmente, existe essa visão em alguns lugares do país. Na exposição, vamos fazer uma retrospectiva de momentos importantes em que as pessoas se juntaram. Claro que, por ser o centro político do Brasil, é natural que tenham imagens sobre o assunto, mas a gente tentou mostrar que há uma diversidade de interesses, nesses encontros", detalha.
Um dos exemplos, de acordo com a curadora, ocorreu em 1968, quando a Rainha Elizabeth veio visitar Brasília. "Uma multidão se aglomerou para recebê-la e ninguém imagina isso", observa. "Mas também houve situações em que a população se reuniu para lamentar, como nos funerais de Juscelino Kubitschek e Tancredo Neves. Foram verdadeiras comoções", ressalta.
Esse é o objetivo da exposição, segundo Cilene: retratar uma Brasília viva, vibrante e que se encontra, em determinados momentos da história, por algum motivo. "A parte mais difícil foi selecionar as imagens no meio de um arquivo tão grande. Mas a gente foi fazendo os recortes e procurando focar nessa diversidade de motivos pelos quais a população de Brasília se encontrou", comenta. "Essa procura foi emocionante. Tem fotos que ainda me tocam, por mostrar coisas tão próprias da capital, como a imagem do dia seguinte à inauguração do Parque da Cidade, quando as pessoas quase 'invadiram' o espaço para conhecê-lo", lembra.
Gabriella Collodetti, coordenadora do CB Brands — estúdio de conteúdo do Correio — afirma que o aniversário de Brasília é uma data muito importante para o jornal. "Afinal, o Correio nasceu com a capital, no mesmo dia e ano, e participou de cada momento da sua história", destaca. "Por isso, para comemorar os 65 anos da cidade, construímos um projeto que destaca toda a beleza, riqueza e valores da capital", revela. "Estamos relembrando tudo o que a capital representa para o Brasil e para o mundo. Essa riqueza estará presente na exposição que faremos em frente à Casa de Chá", observa.
"Também usaremos vídeos temáticos para falar sobre as marcas que cresceram com Brasília, além de termos um site exclusivo que reunirá todos os conteúdos desenvolvidos, com muito carinho, para essa data", detalha. Gabriella ressalta que celebrar os 65 anos, tanto de Brasília quanto do Correio, é uma oportunidade de "reforçar o orgulho da cidade, de unir gerações que vivenciam o seu crescimento e as que crescem imersas nessa atmosfera única".
Orgulho
O ator e fundador do grupo Melhores do Mundo Adriano Siri vai participar do evento de inauguração, como convidado. "É muito legal fazer parte desse projeto do Correio, veículo que está aqui desde o primeiro dia da capital. É um órgão de imprensa que tenho muito carinho, mas, muito mais do que isso, é relevante, sério e respeitado", ressalta. "É bom acompanhar isso, ser parceiro do Correio nesse momento e em outros tantos, até porque o Correio também foi uma grande testemunha da minha carreira com os Melhores do Mundo", acrescenta Siri.
Sobre a sua relação com a cidade, ele conta que veio do Rio de Janeiro para Brasília com 11 anos, em 1980. "Por isso, me considero muito mais brasiliense do que qualquer coisa. Hoje, tenho a oportunidade de morar em qualquer lugar do Brasil, mas optei por ficar na capital", comenta. "Meus filhos nasceram aqui e tenho o maior orgulho de tudo que construí em Brasília. A cidade me deu essa chance. Fundei os Melhores do Mundo e, também em 21 de abril, celebramos 30 anos de carreira", enfatiza.
De acordo com Adriano Siri, Brasília é personagem fundamental na sua história. "Tenho o maior orgulho de levar o nome da cidade por todo o Brasil e até para o exterior, por meio dos Melhores do Mundo, dizendo que somos o grupo mais longevo da história do teatro, com a mesma formação, fazendo espetáculos próprios, autorais, e tudo isso nasceu em Brasília, foi ela que propiciou essa configuração", garante.
Diretor regional do Senac no DF, Vitor Corrêa afirma que a entidade tem uma enorme satisfação em receber a exposição do Correio. "Principalmente sendo na Praça dos Três Poderes, que foi a principal motivação da criação de Brasília, e num espaço que é o ponto de encontro dos brasilienses, que é a Casa Chá, local que já conta com mais de 100 mil visitantes."
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