
Morreu, na quinta-feira (17/4), o advogado Cledmylson Lhayr Feydit Ferreira, em decorrência de um infarto, na garagem do prédio em que morava, no Sudoeste. O homem ficou conhecido após ser acusado de agredir com tapas, socos e puxões de cabelo uma mulher no Centro Comercial do Sudoeste (CCSW), em março de 2023, e somar mais de 70 ocorrências policiais.
O advogado responderia a uma ação indenizatória para Giselle Piza de Oliveira, vítima das agressões de 2023. O caso contra a também advogada ocorreu depois de Giselle reclamar da falta de focinheira no cachorro de grande porte do agressor. A vítima acionou a Polícia Militar e, quando o advogado estava prestes a fugir, ela filmou a placa do carro dele, que logo saiu do veículo e a agrediu. Na delegacia, o agressor alegou que a vítima o xingou.
Conduzido à delegacia, Cledmylson foi autuado por lesão corporal leve e porte de arma branca, por conta de um canivete que tinha no bolso, mas foi liberado. No dia seguinte, a Ordem dos Advogados do Brasil Seccional do Distrito Federal (OAB-DF) suspendeu a carteira profissional do agressor por 90 dias.
À época do caso, o advogado acusado já estava envolvido em 78 ocorrências policiais registradas nas delegacias do Distrito Federal. Dessas, pelo menos 30 tinham Cledmylson Lhayr como autor dos fatos. As ocorrências eram diversas e incluíam crimes no âmbito da Lei Maria da Penha, desacato, injúria, ameaça e lesão corporal.
Antes de morrer, o advogado também responderia a um júri popular por tentativa de homicídio. O caso ocorreu em 19 de janeiro de 2024, na Via Estrutural, onde o acusado fez uma manobra brusca intencional de seu veículo contra uma motocicleta conduzida por Felipe Dantas. No mesmo dia, o advogado também efetuou a mesma manobra sobre outra motocicleta, desta vez na Avenida Hélio Prates, contra Danilo dos Santos. Ambos os casos estão descritos no inquérito policial, cedido ao Correio, instaurado contra Cledmylson.
O velório do advogado foi na sexta-feira (18/4) e vítimas do acusado compareceram.