Justiça

Júri define penas de acusados da morte de PM da reserva de GO

Jacob Vieira da Silva, assassinado em 2023, foi encontrado dentro de um cisterna, enrolado em tecidos, em uma casa, na região do Entorno

Corpo do PM estava em uma cisterna -  (crédito: Arquivo pessoal)
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Corpo do PM estava em uma cisterna - (crédito: Arquivo pessoal)

A Justiça decidiu, semana passada, que Bruno Oliveira Ramos — um dos dois acusados de envolvimento no assassinato do policial militar da reserva Jacob Vieira da Silva, em junho de 2023, cumpra 4 anos e 8 meses de reclusão em regime semiaberto. O outro investigado Mateus Nascimento recebeu uma pena de 26 anos e 8 meses em regime inicial fechado. As informações foram dadas esta terça-feira (15/4) ao Correio pela família da vítima, que acompanhou o julgamento iniciado quinta-feira (10/4), concluído no dia seguinte.

A sentença de Nascimento teve a qualificação de haver sido um homicídio qualificado por dissimulação, e teve os agravantes de asfixia e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima; ocultação de cadáver, adulteração de sinal identificador de veículo automotor e fraude processual. O corpo do PM foi encontrado dentro de um cisterna, enrolado em tecidos, em uma casa, no Entorno de Goiás.

À época, a 33ª Delegacia de Polícia (Santa Maria) descobriu que o agora apenado a mais de duas décadas de reclusão teria em sua conta uma transferência bancária no valor de R$ 600 mil em nome de Silva.

Nascimento, de acordo com os investigadores, teria recebido também R$ 150 mil da pessoa que acabou assassinando, valor que seria pago com juros, segundo o detento disse aos policiais. No dia em que Silva desapareceu, o sentenciado esteve com ele e, pelos registos de um depoimento informal que prestou na Delegacia da Cidade Ocidental, afirmou que o encontro se deu em 10 de julho. Nessa data, o PM foi visto em vida pela última vez com vida. A reunião serviria, conforme o que foi contado, para pagar o valor de R$ 15 mil referente a juros.

Enteado

Bruno Oliveira Ramos, enteado do policial e que foi preso após o corpo da vítima ser encontrado, ficou detido até semana passada. A pena que recebeu permite que ele a cumpra em liberdade. O júri avaliou que não havia provas que confirmassem sua participação na morte. Por outro lado, concluiu que ele tem responsabilidade na ocultação de cadáver, adulteração de sinal identificador de veículo automotor e fraude processual.

O corpo de Silva foi encontrado na manhã de 18 de julho de 2023, dentro de uma cisterna, na chácara pertencente a Ramos, no Parque Estrela Dalva, na Cidade Ocidental. O cadáver estava envolto por fitas adesivas e preso a pedras de concreto. O laudo do Instituto de Medicina Legal (IML) apontou que levou dois tiros na cabeça e sofreu esganadura.

postado em 15/04/2025 19:57