CRÔNICA DA CIDADE

Estamos de volta à elite do tênis e do automobilismo

Há tempos não alcançávamos a elite do tênis e do automobilismo mundial. Com João Fonseca e Gabriel Bortoleto as esperanças se renovam

João Fonseca -  (crédito:  Mauro Pimentel/AFP)
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João Fonseca - (crédito: Mauro Pimentel/AFP)

Enquanto o futebol, a nível de Seleção, nos traz incertezas e dissabores, para dizer o mínimo, estamos numa boa fase em outros esportes. Há tempos não alcançávamos a elite do tênis e do automobilismo mundial. Com João Fonseca e Gabriel Bortoleto as esperanças se renovam. Aprendemos no último ciclo olímpico a torcer também pela Fadinha Rayssa Leal, no skate, e novamente por Medina no surfe, além da nossa legião de heróis no judô e em tantas outras modalidades.

A emoção de ver o time do coração ou o atleta por quem torcemos ganhar é inigualável. Acelera o ritmo do coração, desperta a torcida guardada no peito, distrai a mente de problemas incessantes. De repente, tudo parece insignificante. É verdade que sofremos talvez na mesma intensidade diante da derrota, mas nada que uma tarde com os amigos, regada a boas risadas, não resolva. É um momento de extravasar sem sentir vergonha — para os que como eu são mais tímidos e acanhados. 

Considero extremamente importante que as crianças tenham contato com esse tipo de sentimento, não só como espectadores, mas também como protagonistas. Faz bem à mente e também ao corpo, o combo perfeito. Competir no âmbito do esporte é puro ensinamento, de respeitar o adversário sem perder de vista o objetivo final: a vitória.

Lá em casa, a caçula é do time do pai e a mais velha torce para o meu. Ainda não chegaram à fase em que isso significa muita coisa (nem mesmo que não mudarão de ideia no futuro), mas confesso que gosto da rivalidade, a maior do futebol carioca. A tensão criada rende muitas risadas e conversas por aí. Ainda não assistimos aos clássicos juntos, nem na tevê muito menos no estádio. Mas se o clima de paz prevalecer entre as torcidas nos próximos campeonatos pode ser que a coragem venha e a gente aproveite a oportunidade. Até hoje reverenciamos os grandes atletas da nossa infância e de antes mesmo de nascermos e queremos que isso faça parte da vida delas também.

Do vôlei ao basquete, da Fórmula 1 ao tênis, passando pelos novos esportes olímpicos, tem emoção demais para compartilhar com elas. Bortoleto tem suas chances limitadas pela capacidade da equipe e do motor, mas mostra que tem talento de sobra para galgar lugares no pódio. João Fonseca lembra o auge de Guga Kuerten e surpreende até os melhores do mundo com sua habilidade. Seguimos na torcida pelo sucesso de todos — e no esforço contínuo pela formação de torcidas engajadas, além do necessário investimento no esporte de alta performance. Nossos atletas merecem aplausos e respeito!

postado em 11/04/2025 15:41 / atualizado em 11/04/2025 17:30