
Segundo a PRF, o caminhoneiro de 46 anos, alcoolizado, que colidiu com a Unidade Operacional da Polícia Rodoviária Federal (PRF), na BR-060, no Recanto das Emas, disse que o acidente foi intencional, por questões políticas, e ofereceu R$14 mil para que os policiais o liberassem. O motorista assumiu que jogou a carreta contra o posto da PRF em protesto contra o julgamento que estava sendo realizado no Supremo Tribunal Federal para tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro réu no inquérito sobre tentativa de golpe em 08 de janeiro de 2023.
Em coletiva sobre o ocorrido, o Ministro da Justiça Ricardo Lewandowski demonstrou preocupação com o episódio e disse que o motorista confirmou, em viva voz, a prática de ato de terrorismo. “Há um vídeo correndo na internet, ele mesmo disse que foi contra o julgamento no Supremo Tribunal Federal. Agora, a investigação é que dirá se foi um ato de insensatez ou se há mais pessoas envolvidas”, completou.
A embriagues do motorista foi constatada no teste do bafômetro realizado durante a abordagem, em que foi constatado o índice de 0,95 mg/l (miligramas de álcool por litro de ar), valor quase três vezes superior ao que configura crime de trânsito, de 0,34 mg/l. Questionada pelo Correio, a PRF disse que não tinha informação se o motorista fazia uso de rebite (medicação à base de anfetamina, usada pelo motoristas para ficarem acordados).
O diretor-geral da PRF, Antônio Fernando Souza Oliveira, afirmou que o sistema de inteligência da corporação foi acionado e que o alerta foi levado para todo o país. "Já tínhamos atenção a qualquer informação que ameaçasse a integridade dos nossos policiais. Essa atenção será redobrada. Nenhuma ameaça vai diminuir a força da PRF. Nossos policiais não vão recuar no cumprimento da missão institucional", completou.
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