Investigação

Polícia Civil do DF procura suspeito de matar ex-membro do PCC

Segundo a investigação, o crime não tem ligação com a organização criminosa, mas teria sido motivado por um desentendimento entre o autor e a vítima

Paulo Henrique Brotas de Oliveira é considerado foragido e a PCDF pede a colaboração da população para localizá-lo -  (crédito: Divulgação/PCDF)
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Paulo Henrique Brotas de Oliveira é considerado foragido e a PCDF pede a colaboração da população para localizá-lo - (crédito: Divulgação/PCDF)

A Polícia Civil (PCDF) procura por Paulo Henrique Brotas de Oliveira, principal suspeito de assassinar um ex-membro do Primeiro Comando da Capital (PCC) em Brazlândia. O crime ocorreu em 24 de janeiro de 2025, em uma oficina mecânica localizada no setor de oficinas da cidade.

Segundo as investigações, a vítima e Paulo Henrique dividiam a oficina mecânica e se desentenderam dias antes do crime em relação ao uso do espaço aos sábados. Testemunhas confirmaram essa versão, descartando qualquer ligação do homicídio com o PCC.

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Paulo Henrique Brotas de Oliveira é considerado foragido e a PCDF pede a colaboração da população para localizá-lo. Informações sobre o paradeiro do suspeito podem ser repassadas de forma anônima pelo telefone 197 ou pelo Disque-Denúncia (197).

PCC e ameaças a juíza

A vítima, que já havia sido alvo da Operação Sicário em novembro de 2024, tinha um histórico de envolvimento com o PCC. Em 2018, foi investigada por ameaças à juíza Leila Cury, titular da Vara de Execuções Penais (VEP), juntamente com Walter Pereira de Lima Júnior, conhecido como Waltinho.

À época, a então Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe), atualmente Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Sape), interceptou uma correspondência da vítima. A carta continha ameaças explícitas à família da juíza. Na carta, a facção criminosa PCC deixava claro seu plano de sequestrar um parente da juíza. O objetivo era coagir a magistrada a expedir alvarás de soltura para membros da organização criminosa. 

Em novembro de 2024, a 18ª Delegacia de Polícia (Brazlândia) realizou uma operação na residência da vítima, em decorrência de suspeitas de envolvimento com o PCC em um novo crime. A ação, denominada Operação Sicário, revelou um passado conturbado do homem com a facção criminosa.

Durante a busca na residência da vítima, os policiais encontraram anotações antigas relacionadas ao PCC. No entanto, não foram detectadas evidências de planos de ataques da facção contra autoridades, como a juíza da Vara de Execuções Penais, ou seus familiares. Ao ser interrogado formalmente, a vítima negou qualquer envolvimento atual com o PCC, alegando ter se desligado do PCC após um processo de um ano, motivado por sua iniciação religiosa. 

Carlos Silva
Darcianne Diogo
postado em 26/03/2025 08:16