
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou, nesta segunda-feira (25/3), a segunda fase da operação Apate, que investiga uma organização criminosa especializada no chamado “golpe da cesta básica”. O grupo se passava por servidores do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) para enganar vítimas idosas e obter seus dados pessoais, utilizados para abertura de contas bancárias e realização de empréstimos fraudulentos.
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Foram cumpridos quatro mandados de prisão e quatro de busca e apreensão em Samambaia, Recanto das Emas e Guará. Dois suspeitos foram presos: Márcio José Gomes de Oliveira, 37 anos, e Giuseppe de Mendonça Ferreira, 35 anos, este último, marido de Bianca Kelly Santos Rodrigues, uma das líderes do esquema. Já Karla Kristiny Souza da Silva, 31 anos, e Anna Cibelle e Silva Negrão, 39 anos, não foram localizadas e seguem foragidas.
Como o golpe era aplicado
O crime começava com a abordagem de mulheres que se passavam por funcionárias do Cras. Elas visitavam idosos em suas residências e informavam que haviam sido contemplados com uma cesta básica. Para receber o benefício, as vítimas precisavam fornecer dados pessoais e tirar uma selfie, supostamente para comprovar a identidade.
Com essas informações, os golpistas abriam contas bancárias nos nomes das vítimas e contratavam empréstimos, desviando os valores para contas de integrantes da organização criminosa. O grupo atuou no Distrito Federal e também em Uberlândia (MG) entre setembro e dezembro de 2024.
Prisões
A primeira fase da operação Apate ocorreu em 18 de fevereiro deste ano e resultou na prisão de Bianca Kelly Santos Rodrigues, 29 anos, Vanessa Carvalho de Santana, 31 anos, Stephanie Cristina Cruz Silva, 27 anos, Rafael Lira de Araújo, 33 anos, e Lucas Gabriel de Oliveira Queiroz, 28 anos. Com o avanço das investigações, a PCDF identificou outros quatro integrantes e desencadeou a nova etapa da operação.
Os envolvidos foram indiciados por organização criminosa, cuja pena varia de três a oito anos de prisão. Além disso, responderão por estelionato contra idosos, crime que pode resultar em até 10 anos de reclusão para cada golpe aplicado.
A operação recebeu o nome Apate em referência à deusa grega da fraude e do engano. Denúncias sobre o paradeiro das foragidas podem ser feitas pelo telefone 197 da PCDF.
Veja vídeo do mandado realizado na manhã de hoje:


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