SAÚDE

Doenças sazonais impactam hospitais das redes pública e privada do DF

O início do frio e da estiagem vem acompanhado de um aumento de pessoas em busca de tratamento para casos de asma, bronquite e, principalmente bronquiolite. Médicos dão dicas para prevenir e tratar as síndromes respiratórias

Wilker Pereira, 4 anos, ficou internado no HMIB com pneumonia -  (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
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Wilker Pereira, 4 anos, ficou internado no HMIB com pneumonia - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

Entre os meses de março e julho, o Distrito Federal registra maior incidência de doenças respiratórias. O frio, a seca e a baixa umidade aumentam a incidência de doenças sazonais como sinusite, gripe e asma. A bronquiolite merece atenção especial, segundo médicos e a Secretaria de Saúde (SES). Entre março e julho de 2023, foram registrados na rede pública de saúde um total de 161.257 atendimentos de síndromes gripais. Em 2024, a SES fez 186.334 atendimentos, representando um aumento de 15% com relação ao ano anterior. 

O Correio esteve no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) e no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) e conversou com pacientes, que relataram sintomas gripais e unidades de saúde lotadas. A dona de casa Sara Evelyn, 28 anos, levou os filhos Lael, 2, e Alice, 5, ao Hmib, ontem, após ambos apresentarem tosse e febre. "Fui quatro vezes na Unidade Básica de Saúde (UBS) de Samambaia. Orientaram fazer lavagem nasal, mas o quadro dela evoluiu para uma otite. Na UBS, passaram antibiótico, mas ontem (terça-feira) a febre voltou e eu resolvi vir aqui", relata. "Meu filho também passou a apresentar sintomas gripais, acho que pegou dela", acrescenta Sara, que esperou quatro horas para conseguir ser atendida e ter os filhos diagnosticados com sinusite, otite e crise de asma. 

A operadora de caixa Maria Pereira, 38, levou o pequeno Wilker, 4, na última terça-feira ao Hmib e teve o filho diagnosticado com pneumonia. "Ele estava com tosse, coriza e bastante febre. Fizeram raio x e detectaram a pneumonia. Ficou internado, mas hoje (ontem) deram alta. Disseram que o quadro dele não é tão grave. A médica me deu a receita escrita. Espero que ele não piore", conta a moradora do Paranoá, que aguardou mais de cinco horas para receber atendimento quando chegou com o filho ao HMIB. "Muita criança tossindo e muitas macas com crianças nos corredores", completa.

Crises

"Essa mudança de clima afeta muito a nossa saúde, principalmente a da minha filha. O nariz dela sangra bastante e isso também atrapalha a respiração. Agora mesmo, ela está com a garganta inflamada e sentindo dores no ouvido. O meu outro filho, de 3 anos, também sofre com crises de asma. Até eu, que sou adulta, sinto os efeitos", compartilha Glaciane Alves de Souza, 24, enquanto aguardava atendimento no Hmib com a primogênita, Sofia, de 8 anos.

Alice Gualda, 37, aguardava atendimento do filho  Augusto Gualda, 1. "Como professora, vejo esses sintomas entre os alunos na escola. As crianças têm muito contato direto e acabam transmitindo de uma para a outra com muita facilidade. Esse período é, sem dúvida, o que mais registra casos", conta. "Meu filho está como  nariz entupido e tosse, mas hoje (ontem) ficou pior, está com diarreia, que não passa", afirma Alice.

Assim como ela, a estudante Abigail Brandão, 24, também buscava atendimento médico para a filha Maya, prestes a completar um ano, que está sofrendo com sintomas respiratórios. "Ela tem muitas crises de sinusite, que pioram com a mudança do clima. Começa com uma tosse pesada, depois o nariz  escorre e, em seguida, vem a febre", explica.

Em casa, Abigail busca amenizar os sintomas com lavagem nasal, umidificação do ambiente e atenção redobrada à alimentação e hidratação. "A gente tenta cuidar em casa, mas chega uma hora que não adianta, é preciso procurar atendimento médico", afirma.

De acordo com a médica otorrinolaringologista do Hospital Santa Lúcia, Larissa Camargo, o aumento de doenças gripais e respiratórias nesta época do ano ocorre porque, durante o período seco, o ar apresenta maior concentração de partículas. "A umidade ajuda a decantar impurezas e germes, fazendo com que eles fiquem suspensos por menos tempo", explica.

A falta de umidade e o clima frio também afetam a principal barreira de proteção do organismo — os cílios nasais — que funcionam melhor em ambientes úmidos e quentes. "Além disso, nessa época do ano, temos maior tendência a aglomerações em ambientes fechados, o que também aumenta a transmissão de doenças respiratórias e vírus", acrescenta.

Idosos

Além das crianças, os idosos também são bastante afetados pelas mudanças climáticas, como explica a otorrinolaringologista Larissa Camargo. Segundo ela, as crianças têm o sistema imunológico ainda imaturo e a carteira vacinal incompleta, enquanto os idosos apresentam um sistema imunológico mais enfraquecido, muitas vezes associado a comorbidades. "São populações naturalmente mais vulneráveis", destaca a médica.

A aposentada Luci Pinheiro da Silva, 63, confirma que a secura e o frio interferem diretamente em sua saúde. "Minhas alergias atacam e acabam gerando infecções. Quando está muito seco, é um sofrimento. E quando faz muito calor, o ar-condicionado em todo lugar também incomoda. Essa troca de temperatura desencadeia muitas crises", conta. Para aliviar os sintomas, ela recorre frequentemente a descongestionantes nasais. No entanto, a médica alerta que essa não é a solução ideal. "Os descongestionantes são potentes vasoconstritores da mucosa nasal e, com o uso frequente, podem causar rinite medicamentosa", explica. A médica ainda ressalta que o uso indiscriminado pode remodelar a mucosa nasal e desencadear efeitos colaterais graves, como arritmias, hipertensão e até perfuração do septo nasal.

Prevenção

Pediatra da rede Quallity, Tainá Coelho explica que as principais estratégias de prevenção envolvem cuidados para evitar a contaminação direta. Isso inclui evitar ambientes fechados, com aglomeração e pouca circulação de ar, além de reduzir o contato próximo com outras crianças ou adultos doentes. Para os pequenos que frequentam creche ou escola, é fundamental lavar as mãos com frequência — tanto no ambiente escolar quanto ao chegar em casa — e higienizar os brinquedos que são compartilhados.

Tainá também aconselha aos pais garantir uma alimentação balanceada, muita hidratação e a lavagem nasal regular. "Estratégias mais específicas, como a vacina contra a influenza, também são importantes. Essa vacina, em breve, deve estar disponível tanto no serviço público quanto no privado", adianta.

Rede privada

O aumento de pacientes à procura de atendimento com sintomas respiratórios e febre também é percebida na rede privada. O Hospital Sírio-Libanês é um exemplo. De acordo com o pneumologista Alfredo Santana, os diagnósticos no hospital têm constatado a presença de Vírus Sincicial Respiratório (VSR) — causador da bronquiolite —, influenza, covid-19 e dengue. "Tradicionalmente, o aumento da circulação do VSR e das internações por bronquiolite acontecem a partir de março e permanecem até julho", comenta.

"Sinais e sintomas respiratórios são, muitas vezes, mal interpretados e podem ser atribuídos a causas diversas, antes de chegar ao diagnóstico correto. Por isso, especialistas da área devem ser acionados para a investigação de sintomas relacionados à função respiratória e outras queixas torácicas para que a avaliação clínica e o pedido dos exames complementares sejam bem dirigidos e eficientes", orienta.

  • Wilker Pereira, 4 anos, ficou internado no HMIB com pneumonia
    Wilker Pereira, 4 anos, ficou internado no HMIB com pneumonia Marcelo Ferreira/CB/D.A Press
  • Sara Evelyn tem dois filhos com sintomas respiratórios
    Sara Evelyn tem dois filhos com sintomas respiratórios Marcelo Ferreira/CB/D.A Press
  • Professora, Alice Gualda: período de maior transmissão nas escolas
    Professora, Alice Gualda: período de maior transmissão nas escolas Maria Eduarda Lavocat
  • Glaciane Alves de Souza reclama que o período da seca causa muito sangramentos no nariz da filha e dificulta a respiração
    Glaciane Alves de Souza reclama que o período da seca causa muito sangramentos no nariz da filha e dificulta a respiração Maria Eduarda Lavocat
  • Abigail Brandão: a filha, Maya, sofre ainda mais com crises de sinusite durante a seca
    Abigail Brandão: a filha, Maya, sofre ainda mais com crises de sinusite durante a seca Maria Eduarda Lavocat

Principais doenças

1. Doenças respiratórias

» Gripe e resfriado comum: Vírus se espalham mais facilmente em ambientes fechados e secos.

» Bronquiolite: Infecção viral que acomete as pequenas vias aéreas dos pulmões, sendo mais comum em bebês e crianças pequenas

» Rinite alérgica: O tempo seco e a poeira acumulada aumentam a irritação nasal.

» Sinusite: A mucosa nasal ressecada favorece infecções e inflamações dos seios da face.

» Asma e bronquite: O ar seco piora crises em pessoas com doenças respiratórias crônicas.

» Pneumonia: Pode surgir como complicação de gripes e resfriados mal cuidados.

2. Doenças da pele

» Dermatites e ressecamento extremo: A baixa umidade tira a hidratação natural da pele.

» Lábios rachados e fissuras na pele: Muito comuns, especialmente em crianças e idosos.

3. Problemas oculares

» Conjuntivite alérgica: A poeira e o tempo seco irritam os olhos.

» Olho seco: O ressecamento do ambiente reduz a lubrificação ocular natural.

4. Aumento de infecções virais

» Com o frio, as pessoas ficam em ambientes fechados, favorecendo a transmissão de vírus respiratórios.

Onde procurar atendimento?

UBS

Pequenas urgências:

» Febres, dores de cabeça, ouvido e garganta, vômitos, diarreia;

» Curativos;

» Retirada de pontos;

» Saúde bucal;

» Coleta de exames laboratoriais;

» Suspeita de gravidez;

» Fraqueza e tremores.

 

UPA

Casos de emergência:

» Parada cardiorrespiratória;

» Dor no peito/dor cardíaca;

» Falta de ar/dificuldade para respirar;

» Convulsão;

» Vômitos com sangue;

» Envenenamento;

» Elevação de pressão arterial, a partir de 160x100 MMH.

 

Hospital

Casos emergenciais que necessitem de internação:

» Derrame;

» Infarto;

» Trabalho de parto;

» Fraturas;

» Ferimentos graves;

» Cirurgias;

» Acidentes graves de trânsito.

 

 

 


Mila Ferreira
Maria Eduarda Lavocat
postado em 27/03/2025 03:00
Doenças sazonais impactam hospitais das redes pública e privada do DF
SAÚDE

Doenças sazonais impactam hospitais das redes pública e privada do DF

O início do frio e da estiagem vem acompanhado de um aumento de pessoas em busca de tratamento para casos de asma, bronquite e, principalmente bronquiolite. Médicos dão dicas para prevenir e tratar as síndromes respiratórias

Wilker Pereira, 4 anos, ficou internado no HMIB com pneumonia -  (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
Wilker Pereira, 4 anos, ficou internado no HMIB com pneumonia - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

Entre os meses de março e julho, o Distrito Federal registra maior incidência de doenças respiratórias. O frio, a seca e a baixa umidade aumentam a incidência de doenças sazonais como sinusite, gripe e asma. A bronquiolite merece atenção especial, segundo médicos e a Secretaria de Saúde (SES). Entre março e julho de 2023, foram registrados na rede pública de saúde um total de 161.257 atendimentos de síndromes gripais. Em 2024, a SES fez 186.334 atendimentos, representando um aumento de 15% com relação ao ano anterior. 

O Correio esteve no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) e no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) e conversou com pacientes, que relataram sintomas gripais e unidades de saúde lotadas. A dona de casa Sara Evelyn, 28 anos, levou os filhos Lael, 2, e Alice, 5, ao Hmib, ontem, após ambos apresentarem tosse e febre. "Fui quatro vezes na Unidade Básica de Saúde (UBS) de Samambaia. Orientaram fazer lavagem nasal, mas o quadro dela evoluiu para uma otite. Na UBS, passaram antibiótico, mas ontem (terça-feira) a febre voltou e eu resolvi vir aqui", relata. "Meu filho também passou a apresentar sintomas gripais, acho que pegou dela", acrescenta Sara, que esperou quatro horas para conseguir ser atendida e ter os filhos diagnosticados com sinusite, otite e crise de asma. 

A operadora de caixa Maria Pereira, 38, levou o pequeno Wilker, 4, na última terça-feira ao Hmib e teve o filho diagnosticado com pneumonia. "Ele estava com tosse, coriza e bastante febre. Fizeram raio x e detectaram a pneumonia. Ficou internado, mas hoje (ontem) deram alta. Disseram que o quadro dele não é tão grave. A médica me deu a receita escrita. Espero que ele não piore", conta a moradora do Paranoá, que aguardou mais de cinco horas para receber atendimento quando chegou com o filho ao HMIB. "Muita criança tossindo e muitas macas com crianças nos corredores", completa.

Crises

"Essa mudança de clima afeta muito a nossa saúde, principalmente a da minha filha. O nariz dela sangra bastante e isso também atrapalha a respiração. Agora mesmo, ela está com a garganta inflamada e sentindo dores no ouvido. O meu outro filho, de 3 anos, também sofre com crises de asma. Até eu, que sou adulta, sinto os efeitos", compartilha Glaciane Alves de Souza, 24, enquanto aguardava atendimento no Hmib com a primogênita, Sofia, de 8 anos.

Alice Gualda, 37, aguardava atendimento do filho  Augusto Gualda, 1. "Como professora, vejo esses sintomas entre os alunos na escola. As crianças têm muito contato direto e acabam transmitindo de uma para a outra com muita facilidade. Esse período é, sem dúvida, o que mais registra casos", conta. "Meu filho está como  nariz entupido e tosse, mas hoje (ontem) ficou pior, está com diarreia, que não passa", afirma Alice.

Assim como ela, a estudante Abigail Brandão, 24, também buscava atendimento médico para a filha Maya, prestes a completar um ano, que está sofrendo com sintomas respiratórios. "Ela tem muitas crises de sinusite, que pioram com a mudança do clima. Começa com uma tosse pesada, depois o nariz  escorre e, em seguida, vem a febre", explica.

Em casa, Abigail busca amenizar os sintomas com lavagem nasal, umidificação do ambiente e atenção redobrada à alimentação e hidratação. "A gente tenta cuidar em casa, mas chega uma hora que não adianta, é preciso procurar atendimento médico", afirma.

De acordo com a médica otorrinolaringologista do Hospital Santa Lúcia, Larissa Camargo, o aumento de doenças gripais e respiratórias nesta época do ano ocorre porque, durante o período seco, o ar apresenta maior concentração de partículas. "A umidade ajuda a decantar impurezas e germes, fazendo com que eles fiquem suspensos por menos tempo", explica.

A falta de umidade e o clima frio também afetam a principal barreira de proteção do organismo — os cílios nasais — que funcionam melhor em ambientes úmidos e quentes. "Além disso, nessa época do ano, temos maior tendência a aglomerações em ambientes fechados, o que também aumenta a transmissão de doenças respiratórias e vírus", acrescenta.

Idosos

Além das crianças, os idosos também são bastante afetados pelas mudanças climáticas, como explica a otorrinolaringologista Larissa Camargo. Segundo ela, as crianças têm o sistema imunológico ainda imaturo e a carteira vacinal incompleta, enquanto os idosos apresentam um sistema imunológico mais enfraquecido, muitas vezes associado a comorbidades. "São populações naturalmente mais vulneráveis", destaca a médica.

A aposentada Luci Pinheiro da Silva, 63, confirma que a secura e o frio interferem diretamente em sua saúde. "Minhas alergias atacam e acabam gerando infecções. Quando está muito seco, é um sofrimento. E quando faz muito calor, o ar-condicionado em todo lugar também incomoda. Essa troca de temperatura desencadeia muitas crises", conta. Para aliviar os sintomas, ela recorre frequentemente a descongestionantes nasais. No entanto, a médica alerta que essa não é a solução ideal. "Os descongestionantes são potentes vasoconstritores da mucosa nasal e, com o uso frequente, podem causar rinite medicamentosa", explica. A médica ainda ressalta que o uso indiscriminado pode remodelar a mucosa nasal e desencadear efeitos colaterais graves, como arritmias, hipertensão e até perfuração do septo nasal.

Prevenção

Pediatra da rede Quallity, Tainá Coelho explica que as principais estratégias de prevenção envolvem cuidados para evitar a contaminação direta. Isso inclui evitar ambientes fechados, com aglomeração e pouca circulação de ar, além de reduzir o contato próximo com outras crianças ou adultos doentes. Para os pequenos que frequentam creche ou escola, é fundamental lavar as mãos com frequência — tanto no ambiente escolar quanto ao chegar em casa — e higienizar os brinquedos que são compartilhados.

Tainá também aconselha aos pais garantir uma alimentação balanceada, muita hidratação e a lavagem nasal regular. "Estratégias mais específicas, como a vacina contra a influenza, também são importantes. Essa vacina, em breve, deve estar disponível tanto no serviço público quanto no privado", adianta.

Rede privada

O aumento de pacientes à procura de atendimento com sintomas respiratórios e febre também é percebida na rede privada. O Hospital Sírio-Libanês é um exemplo. De acordo com o pneumologista Alfredo Santana, os diagnósticos no hospital têm constatado a presença de Vírus Sincicial Respiratório (VSR) — causador da bronquiolite —, influenza, covid-19 e dengue. "Tradicionalmente, o aumento da circulação do VSR e das internações por bronquiolite acontecem a partir de março e permanecem até julho", comenta.

"Sinais e sintomas respiratórios são, muitas vezes, mal interpretados e podem ser atribuídos a causas diversas, antes de chegar ao diagnóstico correto. Por isso, especialistas da área devem ser acionados para a investigação de sintomas relacionados à função respiratória e outras queixas torácicas para que a avaliação clínica e o pedido dos exames complementares sejam bem dirigidos e eficientes", orienta.

  • Wilker Pereira, 4 anos, ficou internado no HMIB com pneumonia
    Wilker Pereira, 4 anos, ficou internado no HMIB com pneumonia Marcelo Ferreira/CB/D.A Press
  • Sara Evelyn tem dois filhos com sintomas respiratórios
    Sara Evelyn tem dois filhos com sintomas respiratórios Marcelo Ferreira/CB/D.A Press
  • Professora, Alice Gualda: período de maior transmissão nas escolas
    Professora, Alice Gualda: período de maior transmissão nas escolas Maria Eduarda Lavocat
  • Glaciane Alves de Souza reclama que o período da seca causa muito sangramentos no nariz da filha e dificulta a respiração
    Glaciane Alves de Souza reclama que o período da seca causa muito sangramentos no nariz da filha e dificulta a respiração Maria Eduarda Lavocat
  • Abigail Brandão: a filha, Maya, sofre ainda mais com crises de sinusite durante a seca
    Abigail Brandão: a filha, Maya, sofre ainda mais com crises de sinusite durante a seca Maria Eduarda Lavocat

Principais doenças

1. Doenças respiratórias

» Gripe e resfriado comum: Vírus se espalham mais facilmente em ambientes fechados e secos.

» Bronquiolite: Infecção viral que acomete as pequenas vias aéreas dos pulmões, sendo mais comum em bebês e crianças pequenas

» Rinite alérgica: O tempo seco e a poeira acumulada aumentam a irritação nasal.

» Sinusite: A mucosa nasal ressecada favorece infecções e inflamações dos seios da face.

» Asma e bronquite: O ar seco piora crises em pessoas com doenças respiratórias crônicas.

» Pneumonia: Pode surgir como complicação de gripes e resfriados mal cuidados.

2. Doenças da pele

» Dermatites e ressecamento extremo: A baixa umidade tira a hidratação natural da pele.

» Lábios rachados e fissuras na pele: Muito comuns, especialmente em crianças e idosos.

3. Problemas oculares

» Conjuntivite alérgica: A poeira e o tempo seco irritam os olhos.

» Olho seco: O ressecamento do ambiente reduz a lubrificação ocular natural.

4. Aumento de infecções virais

» Com o frio, as pessoas ficam em ambientes fechados, favorecendo a transmissão de vírus respiratórios.

Onde procurar atendimento?

UBS

Pequenas urgências:

» Febres, dores de cabeça, ouvido e garganta, vômitos, diarreia;

» Curativos;

» Retirada de pontos;

» Saúde bucal;

» Coleta de exames laboratoriais;

» Suspeita de gravidez;

» Fraqueza e tremores.

 

UPA

Casos de emergência:

» Parada cardiorrespiratória;

» Dor no peito/dor cardíaca;

» Falta de ar/dificuldade para respirar;

» Convulsão;

» Vômitos com sangue;

» Envenenamento;

» Elevação de pressão arterial, a partir de 160x100 MMH.

 

Hospital

Casos emergenciais que necessitem de internação:

» Derrame;

» Infarto;

» Trabalho de parto;

» Fraturas;

» Ferimentos graves;

» Cirurgias;

» Acidentes graves de trânsito.

 

 

 


Mila Ferreira
Maria Eduarda Lavocat
postado em 27/03/2025 03:00
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