
O crime brutal contra Thalita Marques Berquó Ramos, 36 anos, esquartejada e encontrada na Estação de Tratamento de Esgoto da Companhia Ambiental de Saneamento do DF (Caesb), no Setor de Clubes Esportivos Sul, não foi o primeiro a ocorrer naquele local. Em 2020, a polícia encontrou, na mesma estação, partes do corpo de um homem identificado como Anderson Rocha Alves, 35. Os investigadores concluíram, à época, que um traficante da região do Guará estava por trás da execução de Anderson.
Os dois casos têm em semelhança contornos macabros. No caso de Anderson, a execução teria sido ordenada por um traficante chamado Carlos Alberto Lacerda Alves, conhecido como Mancha, considerado foragido da Justiça. Em junho de 2020, ele e outros dois criminosos assassinaram a vítima, a queimaram e a esquartejaram. A motivação teria sido porque Anderson teria comprado drogas com notas falsas.

Anderson foi morto em uma boca de tráfico de drogas conhecida como "Biqueira" — próxima à linha de trem do Guará. Após atear fogo no cadáver da vítima, partes do corpo foram jogadas em bueiros e foram encontradas na estação de tratamento de esgoto da Caesb, já em julho. A PCDF chegou a conclusão de que Anderson eria envolvimento com falsificação de dinheiro, além de compra e venda de cadastros de terceiros para obtenção de chips telefônicos.
Caso Thalita
Nesta terça-feira (18/3), foi confirmada a identidade da mulher encontrada morta na estação de esgoto da Caesb. Em 14 de janeiro deste ano, um funcionário da Caesb localizou a cabeça da vítima com marcas de perfurações de faca. O supervisor do local foi notificado e acionou a 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul) para registrar a ocorrência. No dia seguinte, 15 de janeiro, outra parte do corpo — uma perna — foi encontrada no mesmo local.
De acordo com os exames periciais, Thalita teria sido submetida a agressões brutais antes de ser assassinada. As investigações apontam que ela pode ter sido espancada e, posteriormente, degolada e esquartejada. A cabeça da vítima apresentava seis facadas no rosto, além de um ferimento cuja origem ainda não foi totalmente esclarecida. O crânio também apresentava lesões e hematomas.
A PCDF trabalha de forma sigilosa no caso e não deu mais detalhes sobre o andamento das investigações, autoria e motivação do crime. O caso é investigado pela 1ª DP.
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