MPDFT pediu liberdade provisória de assassino de aluna da UnB

Vinícius Neres Ribeiro, 28 anos, foi condenado pelo feminicídio cometido contra Louise Maria da Silva Ribeiro em 2016

Casos urgentes serão atendidos pelo MPDFT em regime de plantão no carnaval -  (crédito: Reprodução)
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Casos urgentes serão atendidos pelo MPDFT em regime de plantão no carnaval - (crédito: Reprodução)

O Ministério Público do DF (MPDFT) pediu a liberdade provisória de Vinícius Neres Ribeiro, 28 anos, condenado pelo feminicídio cometido contra Louise Maria da Silva Ribeiro em 2016, aluna da Universidade de Brasília (UnB), durante a audiência de custódia do preso. Vinícius foi capturado após fugir do sistema penitenciário e indiciado por tentar matar uma ex-namorada, no Gama, na terça-feira (11/3).

Na audiência, a promotora solicitou à Justiça a imposição de medidas cautelares diversas, como o uso de tornozeleira eletrônica. O MPDFT se posicionou e informou que a manifestação do Ministério Público limitou-se apenas à prisão em flagrante. “O órgão já havia se manifestado favoravelmente ao mandado de prisão preventiva anteriormente decretado pela Justiça, que permanece válido e em vigor”.

Em 7 de março, Vinícius não retornou do serviço e foragiu. A operação de captura, coordenada pela Diretoria Penitenciária de Operações Especiais (Dpoe) da Polícia Penal, exigiu mecanismos de inteligência. A polícia tinha a informação de que ele estava próximo à casa da ex-namorada, no Gama. A moça tinha medidas protetivas contra ele por episódios de ameaças e agressões anteriores.

Antes de ser detido, ele invadiu a casa dela, furtou objetos e ligou o gás propositalmente para incendiar o imóvel. Itens que o preso carregava na mochila apontavam para um plano macabro: facas, serras, luvas, algemas, sacos de lixo e alicates. Na delegacia, os investigadores o indiciaram por tentativa de feminicídio, furto, perseguição, falsidade ideológica, perigo para a vida ou saúde e violência psicológica.

Pelo protocolo do regime, somente por ter se evadido do sistema prisional, o preso perde, automaticamente, o benefício do semiaberto e volta para a Papuda. Além disso, sofre-se uma falta grave e, por quase um ano, não terá direito a saidão, trabalho externo ou saidinha.

Darcianne Diogo
postado em 14/03/2025 20:27 / atualizado em 14/03/2025 20:28