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Ibaneis determina suspensão de servidores do DER investigados por corrupção

"Sempre desconfiei da quantidade de placas publicitárias colocadas na cidade', afirmou o governador Ibaneis Rocha ao Correio, ao comentar investigação de corrupção contra servidores do DER

Governador Ibaneis Rocha ressaltou que a atuação dos funcionários não determina a conduta do DER como um todo -  (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
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Governador Ibaneis Rocha ressaltou que a atuação dos funcionários não determina a conduta do DER como um todo - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), falou, na manhã desta quarta-feira (26/2) sobre a investigação envolvendo servidores do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) suspeitos de autorizar a instalação irregular de outdoors às margens de rodovias distritais e de tirar multas de empresas que infringem a legislação. 

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Rocha afirmou que determinou a suspensão dos servidores investigados até que a apuração seja concluída pela Polícia Civil. "Sempre desconfiei da quantidade de placas publicitárias colocadas na cidade. Pedi que os servidores fossem afastados até que a investigação seja finalizada. Se houver erro, que sejam punidos", declarou o governador.

O governador, no entanto, ressaltou que a atuação dos funcionários não determina a conduta do DER como um todo. "É importante destacar isso, para que um caso isolado não manche a reputação de um trabalho tão sério", afirmou. O governador garantiu que o diretor do órgão está à disposição da Polícia Civil e do Ministério Público para colaborar com as investigações.

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Corrupção e publicidade

Na manhã desta quarta-feira (26/2), a Polícia Civil (PCDF) cumpriu mandados de busca e apreensão nas residências de servidores suspeitos de criar um grupo criminoso que beneficiava empresas ligadas ao SEPEX/DF. Segundo os investigadores, os servidores ofereciam tratamento privilegiado na autorização de instalação de publicidade em rodovias, além de permitir a instalação irregular de quiosques e painéis de iluminação.

Os investigadores ainda descobriram que os suspeitos removiam do sistema notificações e autuações de forma indevida, além de utilizarem da posição hierárquica para intimidar quem não participava do esquema. Eles podem responder por crimes como corrupção passiva, associação criminosa, prevaricação e inserção de dados falsos em sistema de informações. Caso sejam condenados, as penas podem chegar a 30 anos de prisão.

Carlos Silva
postado em 26/02/2025 11:00