
Após denúncia de estupro feita pela vítima de 19 anos e sua mãe, de 43 anos, na 24ª Delegacia de Polícia (Ceilândia), o homem foi encontrado e preso pela Polícia Civil do Distrito Federal.
Logo após o crime, a jovem foi com a mãe até a delegacia, onde não conseguiu dar o seu depoimento por estar com sangramentos intensos, causados pela violência. Uma equipe do Corpo de Bombeiros Militar foi chamada e a encaminhou para o Hospital Regional de Taguatinga (HRT).
Em seguida, agentes de polícia lotadas na Seção de Atendimento à Mulher da 24ªDP, deslocaram-se ao HRT e entrevistaram a jovem informalmente, ocasião em que ela confirmou ter sido abusada sexualmente pelo autor.
Acompanhadas de outros policiais e com os dados do autor do crime obtidos em investigação, elas localizaram o suspeito e o conduziram até a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher II (DEAM II). O carro onde aconteceu o crime foi encaminhado para a 24ªDP.
Entenda o caso
Uma jovem de 19 anos foi estuprada por um motorista de aplicativo depois de solicitar uma corrida para ir de uma festa em Samambaia (DF) até sua casa, em Ceilândia.
O crime foi denunciado pela mãe da vítima, uma mulher de 43 anos, que se dirigiu a 24ªDP informando que a filha, uma jovem de 19 anos, teria sido vítima de violência sexual, possivelmente praticada por um motorista de aplicativo. Na delegacia, acompanhada da mãe, a vítima precisou ser encaminhada para o hospital por estar com sangramento intenso.
No sábado (22/2), por volta das 23h20, a mulher, que estava em uma festa na casa de um amigo do irmão, chamou o carro pelo aplicativo 99 e avisou a mãe que estava a caminho de casa.
Logo depois, a mãe ligou para a vítima e questionou em que lugar do trajeto ela estava, estranhando o caminho feito pelo motorista e questionando a jovem que respondeu não saber o motivo e desligou em seguida.
A mãe, de 43 anos, voltou a ligar, mas a jovem não atendeu. Na próxima ligação, a moça disse estar chegando em casa e a mulher resolveu esperar por ela do lado de fora, vendo tanto o carro que a deixou, um Honda Civic branco, quanto o rosto do motorista, um homem de barba e de pele clara.
A jovem entrou rápido em casa e ao ser questionada contou à mãe que o homem teria abusado dela durante o trajeto, parando o carro próximo a uma área de mata. Sangrando bastante, a vítima tomou um banho e as duas foram até a 24ª Delegacia de Polícia (Ceilândia).
Durante os trâmites, a moça continuava sangrando e os policiais o Corpo de Bombeiros para prestar os primeiros socorros. Em seguida ela foi levada para o Hospital Regional de Taguatinga e as duas foram orientadas a procurar o Instituto Médico Legal (IML) assim que o atendimento médico terminasse.
Ao Correio, a assessoria do aplicativo 99 lamentou o caso, garantiu que o motorista foi bloqueado e que está tomando as medidas cabíveis. Leia a nota na íntegra:
"A 99 lamenta o ocorrido e informa que possui uma política de repúdio e tolerância zero em qualquer caso de violência, especialmente contra assédio e violência sexual. Assim que a empresa tomou conhecimento do caso, o perfil do motorista parceiro foi bloqueado da plataforma. Uma equipe especializada busca contato com a passageira oferecendo acolhimento e orientações para acionamento do seguro, que inclui auxílio para despesas médicas e apoio psicológico. A empresa segue à disposição para colaborar com as investigações das autoridades.
A empresa ressalta que o perfil do motorista parceiro na plataforma conta com um rigoroso processo de cadastro, baseado em documentos pessoais, checagem de antecedentes e licenciamento do veículo, que é realizado por meio de parceria com o Denatran. A plataforma conta com mais de 50 funcionalidades de segurança, como monitoramento via GPS, gravação de áudio, compartilhamento de rota com contatos de confiança e botão de emergência que permite ligar diretamente para a polícia, além de uma Central de Segurança 24 horas que oferece suporte e acolhimento em caso de necessidade.
A companhia se une à indignação e repúdio à cultura do estupro que acomete o país e seguirá investindo continuamente em parcerias e tecnologias que possam apoiar uma mobilidade urbana cada vez mais segura para todas as mulheres, passageiras e motoristas."