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Para Cappelli, criação de um Comitê Gestor de Saúde é solução pitoresca

Em entrevista ao CB.Poder de terça-feira (11/2), o presidente da ABDI criticou ação do GDF em relação à saúde e falou que o problema é misturar a pauta com política

Para Cappelli, o GDF reconhece a crise da pauta, mas reprova uma intervenção administrativa para tentar resolver o problema -  (crédito:  Andrea Nalini/CB)
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Para Cappelli, o GDF reconhece a crise da pauta, mas reprova uma intervenção administrativa para tentar resolver o problema - (crédito: Andrea Nalini/CB)

A criação de um Comitê Gestor da Saúde sem vínculo com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal não foi bem recebida pelo presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Ricardo Cappelli, que chamou a decisão do governador Ibaneis Rocha (MDB) de “pitoresca” e afirmou que a saúde do DF vive uma crise grave.

“Ele criou um comitê gestor de saúde e colocou o secretário de planejamento, que eu conheço, é uma boa pessoa, mas para presidir um comitê gestor. O secretário de planejamento, que não entende nada de saúde, que não tem nada a ver com a saúde, vai mandar na secretaria de Saúde e no presidente do Iges (Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal)”, ressaltou.

Para Cappelli, o GDF reconhece a crise, mas reprova uma intervenção administrativa para tentar resolver o problema. Em entrevista ao CB.Poder desta terça-feira (11/2) — uma parceira do Correio com a TV Brasília —, ele explicou que, ao longo dos anos, a pauta da saúde no DF tem sido um problema porque “misturaram saúde com política”.

O presidente da ABDI ressalta que o Distrito Federal recebe um orçamento de mais de R$ 13 bilhões de reais para a pauta, o que dá mais de R$ 1 bilhão por mês. Porém, mesmo com o valor recebido, ele conta que ainda faltam médicos nas Regiões Administrativas (RAs), onde, segundo ele, muitas vezes, enfermeiros realizam o papel do médico, atendendo, dando diagnósticos e receitas aos pacientes.

“Como é que não tem médico, gente? Lá no Sol Nascente, as pessoas não estão pedindo um tomógrafo de última geração com raio laser da Nasa. Ninguém está pedindo isso, não. Eles estão pedindo um médico. [...] é o básico que as pessoas estão pedindo. Então acho que o problema é que se mistura política com saúde”, completou Cappelli.

Assista à entrevista completa:

 

*Estagiário sob a supervisão de Márcia Machado

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Iago Mac Cord*
postado em 12/02/2025 16:29 / atualizado em 12/02/2025 16:31