O proprietário de uma gráfica localizada em Taguatinga é investigado por supostamente integrar um esquema criminoso que comercializava anabolizantes e medicamentos falsos. Segundo o delegado Luiz Henrique Sampaio, da Coordenação de Repressão às drogas (Cord), as investigações foram iniciadas no Rio de Janeiro (RJ) e apontaram que os rótulos e embalagens dos produtos eram produzidos em uma gráfica localizada em Taguatinga. Nesta terça-feira (14/1), 14 pessoas foram presas no RJ e uma grande quantidade de embalagens apreendidas no DF.
Conforme informações repassadas pelo delegado, o proprietário da gráfica, que não tem antecedentes criminais, é, até o momento, o único investigado no DF. Ele não foi preso nesta terça-feira (14/1), pois está viajando para outro estado. Apesar de ser sócio da ex-esposa, não há indícios de que ela tenha participação nos crimes. “A Polícia Civil solicitou nosso auxílio no desencadeamento da operação e, aqui no DF, nós demos cumprimento aos mandados nessa gráfica e lá, para nossa surpresa, foi encontrada uma quantidade absurda de rótulos e embalagens dos medicamentos que o grupo falsificava”, apontou o delegado.
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Além dos anabolizantes, as investigações apontaram que o grupo também falsificava medicamentos voltados ao emagrecimento. “O responsável não foi preso porque não está na cidade, ele viajou, está em outro estado, então fizemos apenas a apreensão do material, mas a quantidade dá ideia do volume da produção desses medicamentos que essa organização criminosa realizava. São centenas de milhares de medicamentos, principalmente anabolizantes, mas a gente vê remédios utilizados para emagrecimento, também”, disse Luiz Henrique.
Com a realização da operação, a investigação terá, agora, um maior dinamismo, conforme apontou o delegado, que completou informando que há indícios de que a gráfica não falsificava os rótulos apenas para a organização alvo de operação nesta terça-feira. Os crimes cometidos envolvem organização criminosa e falsificação de medicamentos, dessa forma, se condenados, os integrantes do grupo podem pegar, em média, de 20 a 30 anos de prisão.
“Isso serve de alerta para as pessoas que compram esses medicamentos de maneira informal, os rótulos são todos de medicamentos que demandam receitas e acompanhamento médico. Há, ainda, informações de que os medicamentos falsificados eram produzidos com substâncias que prejudicam a saúde da pessoa, como repelentes para insetos e coisas muito danosas à saúde humana.”