DESPEDIDA

Velório da jornalista Miriam Aquino será nesta quarta-feira (8/1)

A jornalista e empresária morreu nesta terça-feira (7/1), aos 64 anos. Com mais de 30 anos de carreira, trabalhou no Correio Braziliense entre 1982 e 1985. Atualmente, estava à frente da Momento Editorial, empresa fundada por ela, especializada em tecnologia da informação e telecomunicações

O velório da jornalista e empresária Miriam Aquino será nesta quarta-feira (8/1), na capela 3 do Campo da Esperança da Asa Sul, às 14h. Ela morreu nesta terça-feira (7/1), aos 64 anos. 

Nascida no Rio de Janeiro, em 6 de maio de 1960, Miriam Aquino chegou ainda bebê a Brasília. Com uma carreira que percorreu veículos como o Correio Braziliense, onde trabalhou de 1982 a 1985, O Globo, Gazeta Mercantil, Revista Dados e Ideias e Jornal de Brasília, Miriam era reconhecida pela dedicação e competência.

Atualmente, estava à frente da Momento Editorial, empresa fundada por ela, especializada em tecnologia da informação e telecomunicações. Embora o escritório seja em São Paulo, Miriam seguia morando em Brasília.

"É difícil descrevê-la. Miriam era uma pessoa fantástica, alegre, sempre para frente, muito competitiva e incansável. É uma grande perda para os amigos, os filhos, a família e o mercado de telecomunicações", afirmou Pelágio Gondim, ex-marido da jornalista, com a qual teve dois filhos, Diego, 32; e Danilo, 26.

O jornalista Paulo Fona relembrou a generosidade de Miriam. "Bem-humorada, inteligente, gentil, com um coração do tamanho do mundo. Me ajudou muito em um momento difícil. Inesquecível", disse.

Arquivo Pessoal/Reprodução - Miriam Aquino (segunda, da direita para a esquerda) e amigas no "Pacotão", em 1984

Saudade

"Uma mulher forte, convicta, coerente em suas posições políticas. Vivemos momentos lindos de amor e de luta política, ela, então, com 20 anos, e eu com 25. Cada um de nós, a seu modo, continuou buscando esse sonho. Miriam não morreu, só transcendeu esse plano, virou luz", afirmou Rênio Quintas, maestro e ex-marido de Miriam.

Descrita como encantadora e cheia de vida, vivia uma fase pessoal e profissional extremamente positiva, como ressaltou Margrit Dutra Schmidt, amiga de infância. "Era alegre, festeira e muito engajada em causas democráticas, sociais e culturais."

Miriam é lembrada com carinho pelos ex-colegas. "Inteligente e alegre, ela deixa muita saudade", declarou Luís Jorge Natal, ex-companheiro de redação no Correio.

Legado

Formada em jornalismo pela Universidade de Brasília (UnB), Miriam tinha mais de 30 anos de carreira e foi uma figura ativa no Diretório Central dos Estudantes e nas festas e carnavais da cidade.

Após a graduação, iniciou a caminhada como jornalista econômica. Posteriormente, especializou-se em telecomunicações, criando sua empresa em 2005.

O portal Tele.Síntese, que faz parte da Momento Editorial, prestou homenagem: "Miriam não era apenas uma jornalista, era uma mentora e uma profissional incansável. Sua ética, competência e compromisso com a verdade marcaram sua carreira. Com uma habilidade ímpar para traduzir temas complexos em textos claros e acessíveis, conquistou o respeito de colegas, leitores e fontes".

A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) lamentou a perda. "Miriam foi uma referência nas áreas de radiodifusão, telecomunicações e tecnologia da informação. Como diretora da Momento Editorial, responsável pelo portal Tele.Síntese, em Brasília, teve destacada atuação no acompanhamento criterioso de políticas públicas e questões regulatórias, contribuindo significativamente para o setor", destacou a nota assinada pelo presidente da Abert, Flávio Lara Resende.

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