Protesto

Moradores da Granja Modelo, no Riacho Fundo, protestam contra demolições

Os manifestantes bloquearam parte da pista durante o protesto, na noite desta quinta-feira (30/1). Ibram diz que ações ocorreram em uma área de preservação ambiental. Confira o vídeo compartilhado

A manifestação teve como principal motivação a recente derrubada de imóveis no Residencial Jardim Vitória -  (crédito: Ponte Alta News)
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A manifestação teve como principal motivação a recente derrubada de imóveis no Residencial Jardim Vitória - (crédito: Ponte Alta News)

Moradores da Granja Modelo, no Riacho Fundo, bloquearam a EPNB, na altura da Brasal Refrigerantes, durante um protesto, na noite desta quinta-feira (30/1). A manifestação teve como principal motivação a recente derrubada de imóveis no Residencial Jardim Vitória, ação realizada horas antes pelo Instituto Brasília Ambiental (Ibram).

Vídeo gravados obtidos pela página Ponte Alta News mostram os momento em que os manifestantes fecham a pista. Veja:

Após negociação com a Polícia Militar (PMDF), algumas faixas foram liberadas, permitindo que o trânsito fluísse lentamente. O Correio entrou em contato com o Ibram para obter esclarecimentos sobre a derrubada das residências.

Em vídeo compartilhado sobre a ação, a superintendente de Fiscalização e Monitoramento Ambiental do órgão, Simone Moura explicou que a operação foi realizada no Parque do Riacho Fundo para cumprir uma sentença da Vara do Meio Ambiente, que determinava a desobstrução e desocupação da área. 

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“Essa unidade de conservação é muito preciosa para o meio ambiente. Ela possui nascentes e um solo hidromórfico que precisa ser preservado, mas está sendo parcelado e ocupado irregularmente”, afirmou. Segundo ela, as ações de fiscalização no local são constantes para impedir novas invasões e minimizar os danos ambientais.

Para conter o avanço das construções ilegais, o Brasília Ambiental adotou medidas como a selagem de edificações e o registro de moradores já estabelecidos até determinada data. “A partir disso, estão ocorrendo ações para desocupações de casas desabitadas, construções que ainda estão no início e muros, de forma a evitar que essa ocupação irregular aumente ainda mais”, explicou.

Atualmente, o órgão contabiliza cerca de 180 famílias vivendo no parque. No entanto, o foco das operações recentes tem sido a contenção de novas invasões, que costumam ocorrer nos fins de semana, muitas vezes em mutirões organizados e até incentivados durante o período de fim de ano. “As ações aconteceram duas vezes nesta semana e provavelmente acontecerão outras vezes sempre que a gente observar novas construções no local”, ressaltou.

Carlos Silva
postado em 30/01/2025 22:35