CB.Debate

"Não dá para ficar tranquilo", diz professor sobre a dengue

Durante o CB.Debate, Jonas Brant ressaltou que situação está melhor do que no ano passado, mas é a quarta pior dos últimos 15 anos

 30/01/2025 Ed Alves/CB/DA Press. CB Debate, Dengue uma luta de todos. Jonas Brant 
       -  (crédito:  Ed Alves/CB/DA Press)
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30/01/2025 Ed Alves/CB/DA Press. CB Debate, Dengue uma luta de todos. Jonas Brant - (crédito: Ed Alves/CB/DA Press)

Em sua participação no CB.Debate Dengue: uma luta de todos, nesta quinta-feira (30/1), o professor Jonas Brant, da Universidade de Brasília, comentou sobre a situação atual da dengue no Distrito Federal. Durante o primeiro bloco do evento, que teve o tema “Os sorotipos da doença e os riscos da epidemia no país”, ele afirmou que a capital está em situação muito melhor do que em outros anos, mas o número de casos não está baixo e por isso é necessário manter a cautela.

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“Há que se discutir realmente o quanto o efeito dessa imunidade gerada pela epidemia anterior nos resulta essa situação um pouco mais confortável este ano. Mas chama a atenção que, desde 2010, a gente está com o quarto maior número de casos para este momento do ano. Então, realmente, perto da epidemia que nós vivenciamos no ano passado, isso está muito melhor, mas não é uma situação para descansar e ficar tranquilo”, alertou Brant.

Ele levantou ainda que, ao contrário do que se vê em outras doenças, a epidemia da dengue foi de dentro do DF para o Entorno, na Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride). 

“O plano de contingência da dengue não dá conta da chikungunya. Você tem que acionar outros mecanismos do Estado e da rede assistencial para dar conta de um volume de casos muito maior. A gente tem desafios com dengue, mas a chikungunya traz um desafio que é estruturar uma rede de fisioterapia e uma rede de reumatologia imensas que a gente não tem”, lamentou o professor.

Ele também aproveitou para elogiar o trabalho do Governo do Distrito Federal (GDF) na ampliação do número de agentes de endemia, dos agentes de vigilância ambiental e dos agentes comunitários. Brant afirma que a ação representou um ganho para o DF, se tornando uma marca da gestão atual, depois de tantos anos sem concurso para essa categoria. Mas ele acredita que é preciso ampliar mais o número de agentes.

O CB.Debate Dengue: uma luta de todos analisa o cenário da doença em 2025 e os caminhos que devem ser seguidos para evitar que a epidemia do ano passado se repita. O evento, realizado na tarde desta quinta-feira (30/1), reúne autoridades e especialistas para traçar um panorama sobre a dengue no Distrito Federal e no Entorno.

* Estagiário sob supervisão de Eduardo Pinho

Henrique Sucena
postado em 30/01/2025 18:27