![Cerimônia de aposentadoria dos cães policiais no Batalhão da Guarda Presidencial (BGP) - (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press.) Cerimônia de aposentadoria dos cães policiais no Batalhão da Guarda Presidencial (BGP) - (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press.)](https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/01/29/675x450/1_edi_3244-45522142.jpg?20250129150041?20250129150041)
Após anos de serviço dedicados à defesa nacional e à segurança pública, 24 cães de oito diferentes instituições policiais e militares se aposentaram na manhã desta quarta-feira (29/1). A despedida se deu em uma solenidade no Batalhão da Guarda Presidencial (BGP), no Setor Militar Urbano, em Brasília. O evento serviu para exaltar o valor do trabalho desses animais, que terão um destino digno após anos de serviço.
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De acordo com o comandante militar do Planalto, general de divisão Ricardo Piai Carmona: “Esses animais cumpriram sua missão com louvor e agora vão alegrar os lares que os receberão. Eles sacrificam a vida em prol da missão, e nos trazem esse sentimento de amor por eles que, aqui, foi bem demonstrado”.
A cerimônia reuniu representantes das forças armadas, de corporações de segurança federais e estaduais e do Ministério da Agricultura e Pecuária. As entidades são responsáveis por garantir que cada cão tenha uma aposentadoria adequada. Na maioria dos casos, são adotados pelas pessoas com quem trabalharam ao longo da carreira. No BGP, por exemplo, duas cadelas têm novos lares definidos: o de um cabo e de um soldado que foram seus parceiros no serviço.
O processo de adoção segue critérios rigorosos. A preferência é dada aos servidores que eram parceiros profissionais do cão. Caso a pessoa não tenha condições de adotá-lo, a oportunidade é oferecida a outros profissionais da seção em que o cachorro atuava e, posteriormente, a integrantes do mesmo local. Se, ainda assim, o animal não encontrar um lar nessa repartição, a adoção pode ser aberta a interessados que não façam parte do serviço público.
O cabo Rochedo, do BGP, adotou Ravena, uma cadela da raça Dobermann Pinscher que esteve com ele, em diferentes missões, por cinco anos. “Sempre tivemos um vínculo forte. Ela é extremamente carinhosa comigo” disse. Por conta de uma hérnia de disco cervical, conhecida como Síndrome de Wobbler, teve de ser aposentada para preservar sua saúde. “Ela cumpriu sua missão e agora merece viver uma vida tranquila. Eu vou garantir que ela tenha o conforto e o carinho que merece”, garantiu o militar.
A idade média de aposentadoria dos cães policiais é de sete a oito anos, mas, em alguns casos, problemas de saúde podem antecipar esse processo. Segundo a tenente veterinária, Carolina Rocha, chefe da seção de cães de guerra do BGP, a decisão de dar baixa leva em conta o bem-estar do animal. “Os cães dão sinais de quando não querem mais a rotina intensa de treinamento e trabalho. Mas há casos em que precisamos antecipar a aposentadoria, como no caso da Ravena, que desenvolveu uma condição que poderia ser agravada pelo esforço físico da função”, explicou a doutora.
Currículo
Enquanto estavam na ativa, os cachorros atuavam em diversas atividades, incluindo detecção de substâncias ilícitas, de explosivos e de armas, além de missões de busca e resgate, patrulhamento, proteção.
![Cerimônia de aposentadoria dos cães policiais no Batalhão da Guarda Presidencial (BGP) 29/01/2025 Credito: Ed Alves/CB/DA. Press. Cerimônia de aposentadoria dos cães policiais no Batalhão da Guarda Presidencial (BGP).](https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/01/29/edi_3418-45522435.jpg)
Esses cachorros começam seu treinamento ainda filhotes, por volta dos dois a três meses de idade. Isso ocorre no Centro de Reprodução e Distribuição Canino (CRDC), unidade especializada na criação e fornecimento de cães para as organizações militares. O processo dura cerca de um ano e meio a dois, período em que são socializados e preparados para suas funções específicas.
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