SAÚDE

Em comparação à 1ª semana de 2024, DF tem queda de 97% nos casos de dengue

Em coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira (7/1), o GDF revelou as ações implementadas para evitar um cenário semelhante ao do ano passado, quando houve 278.301 registros prováveis da doença e 440 mortes em todo o ano

Auxílio da tecnologia e reforço na atuação de servidores nas ruas foram destacados pelo GDF em coletiva de imprensa nesta terça-feira (7/1) -  (crédito: Geovana Albuquerque/Agência Brasília)
Auxílio da tecnologia e reforço na atuação de servidores nas ruas foram destacados pelo GDF em coletiva de imprensa nesta terça-feira (7/1) - (crédito: Geovana Albuquerque/Agência Brasília)

Na primeira semana de 2025, o Distrito Federal (DF) registrou queda de 97,6% no número de casos de dengue em comparação ao mesmo período de 2024. Foram compilados 196 casos da enfermidade no período contra 8.228 apontados nos primeiros sete dias de 2024. A informação foi divulgada em entrevista coletiva concedida na manhã desta segunda-feira (6/1) pela governadora em exercício Celina Leão (PP) e representantes de órgãos envolvidos na força-tarefa contra a doença. 

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"Nós tivemos um surto no ano de 2024, que foi enfrentado por este governo de forma concentrada, montamos tendas, fizemos procedimentos para que os pacientes pudessem ser atendidos de forma mais rápida do que, inclusive, na rede privada, foram mais de 400 mil atendimentos", disse Celina Leão. A governadora em exercício alertou, porém, que, apesar do declínio, não há espaço para recuo no que diz respeito às ações de combate

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Na coletiva de imprensa, os gestores falaram sobre estratégias do GDF contra a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. Gustavo Rocha, secretário da Casa Civil do DF, destacou que a situação esperada para 2025 é diferente da que foi vivida em 2024, mas que o governo preparou-se para o pior cenário possível.

"O número de casos e o perfil da doença neste ano, é muito diferente do ano passado e de 2023. Isso também se dá pelas ações que foram desenvolvidas ao longo do ano visando minimizar o impacto da dengue em 2025. Nós estamos aqui com toda a equipe de governo referente ao combate à dengue. O governador criou essa força-tarefa no ano passado, que é composta por 11 órgãos e coordenada pela Casa Civil, com participação efetiva de todos os órgãos", disse Rocha. 

O secretário salientou que, em razão da epidemia vivida no ano passado, o GDF implementou ações e procedimentos antes não adotados. "Toda a rotina e os procedimentos referentes à dengue foram alterados e modificados pelo GDF, por determinação do governador Ibaneis e por todos os órgãos que participam das ações", informou Gustavo Rocha.

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O chefe da Casa Civil do DF falou ainda que, anteriormente, o DF contava com 415 agentes de vigilância ambiental (AVA), mas que este ano serão 915. Os 800 agentes comunitários de saúde (ACSs) foram convertidos em 1,2 mil, além dos auditores na linha de frente, que foram aumentados de 81 pra 131. A Defesa Civil também ampliou o número de agentes de 70 para 109, com uma dupla destacada para cada uma das regiões administrativas do DF. "Também trabalharemos com tecnologia, com o uso de drones e a implementação do aplicativo com georreferenciamento dos focos da doença", acrescentou. 

O aplicativo citado por Rocha é o app eVisitas, utilizado pelos agentes para fazer o controle vetorial digitalmente com o apoio de 657 smartphones. Também será ampliado o uso de ovitrampas — armadilhas constituídas de um vaso de planta preto, no qual é adicionada água, uma palheta de madeira e substância atrativa para o mosquito —, com um total de seis mil neste ano. O número de estações disseminadoras de larvicida (EDLs) também foi aumentado, passando de 2,3 mil para cerca de quatro mil. Já instaladas no Sol Nascente/Pôr do Sol, os gestores informaram que a ideia é que as estações cheguem, neste ano, a Água Quente e ao Recanto das Emas. 

Também estiveram presentes na coletiva o secretário de Governo, José Humberto Pires de Araújo. Os presidentes da Novacap, Fernando Leite, e do SLU, Luiz Felipe Cardoso, o secretário-executivo de Proteção da Ordem Urbanística – DF Legal, Francinaldo Oliveira, o subsecretário de Vigilância à Saúde da SES, Fabiano dos Anjos, e o diretor de gestão de Desastres da Subsecretaria do Sistema de Defesa Civil, coronel Eloízio Nascimento.

Letícia Guedes
postado em 07/01/2025 14:12
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