O coronel Jorge Naime, que responde por envolvimento nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, foi alvo de dois mandados de busca e apreensão realizado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), referentes a investigação sobre sua suposta participação em crime de stalking praticado por empresário do ramo de medicamentos no Distrito Federal. O termo, em inglês, refere-se ao crime que consiste em perseguir alguém de forma repetitiva, ameaçando a integridade física ou psicológica da vítima.
Por meio de nota, a Polícia Militar demonstrou-se ciente do caso e afirmou que medidas cautelares relacionadas ao acontecido foram cumpridas com o apoio da corregedoria. “A PMDF acompanha o caso, mas não irá se manifestar para não comprometer as investigações. Esclarecemos que policiais militares da reserva remunerada devem atuar em conformidade com a legislação vigente, respeitando os regulamentos internos”, escreveu.
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Naime, que está em liberdade provisória desde maio do ano passado, estaria trabalhando como segurança do empresário. A defesa do coronel, o escritório Akaoni e Cardoso, também se posicionou por nota. “Estão utilizando o nome de uma figura pública que era contratada para proteger toda a família e empresa de seu cliente, desvirtuando a finalidade para fazer sensacionalismo e uso indevido de seu nome”, afirmou a equipe. "A verdade será provada, inclusive a defesa tomará todas as medidas cabíveis, assim que tiver amplo acesso ao IP e cautelares. Reiteramos que o Coronel é inocente dessa acusação fantasiosa”, completou.
Liberdade provisória
Naime ficou preso de 18 de agosto de 2023 a 13 de maio de 2024, após esse período esteve em liberdade provisória, com uso de tornozeleira. O Coronel, que era comandante de Operações da Polícia Civil, foi transferido para a reserva e, supostamente, começou a fazer a segurança particular do empresário do ramo farmacêutico.