ENTREVISTA

'O fundo não desestabiliza financeiramente a parte fiscal do governo'

Ao CB.Poder, Roberto Botelho, presidente da Ademi, falou sobre os impactos da mudança na forma de cálculo da correção anual do FCDF para o DF

A mudança na forma de cálculo da correção anual do Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF) afetaria a qualidade de vida dos cidadãos da capital, avaliou o presidente da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do DF (Ademi), Roberto Botelho. “Brasília tem que ser tratada de uma forma diferenciada. Porque é uma cidade diferente”, enfatizou. Aos jornalistas Sibele Negromonte e Arthur de Souza, durante o programa CB.Poder — parceria entre o Correio e a TV Brasília — desta quinta-feira (19/12), o representante da associação também falou que essa mudança não causaria impacto nos recursos da União.

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Botelho colocou Brasília como vitrine para o Brasil, pois ela recebe políticos do país inteiro, uma vez que, a cada quatro anos, são renovados os deputados, senadores, assessores, ministros, e muitos vêm a capital, além dos embaixadores de vários países. “Imagina o Xi Jinping — presidente da República Popular da China — vir aqui visitar o DF, e os assessores dele vão dar uma volta ali no Parque da Cidade e têm o celular furtado. Ia ser um vexame para o país. Brasília tem que ser tratada de uma forma diferenciada”, descreveu.

O presidente da Ademi contou que o fundo é uma emenda constitucional e faz parte da Constituição Federal. “Eu acho que a população do Distrito Federal não pode permitir que isso — regras do recurso — seja desfeito”, pontuou. “E como é que eles queriam desfazer isso? Mudando o índice de aumento ou diminuição do fundo. Que foi muito bem pensado, porque ele é um percentual do aumento da receita líquida da União”, acrescentou.

Ainda durante o programa, Botelho disse que, caso a receita da União aumente em um determinado ano, o fundo também seguirá essa métrica. E, caso ela diminua, o FCDF também diminuirá. “Então, o fundo não desestabiliza financeiramente a parte fiscal do governo. Não é um valor fixo”, relatou.

Veja a entrevista na íntegra

*Estagiário sob a supervisão de Márcia Machado

 


 

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