Nesta terça-feira (17/12), a Justiça do Distrito Federal converteu em preventiva a prisão em flagrante de Izaquiel Pereira da Silva, 37 anos, suspeito de matar Keila Cristina Nascimento, também de 37 anos, por asfixia em um galpão no Setor de Indústrias e Abastecimento (SIA). O crime ocorreu na segunda-feira (16/12).
Keila se tornou a 23ª vítima de feminicídio este ano no Distrito Federal. Pessoas próximas relataram que o relacionamento do casal era marcado por episódios de violência física. Em um caso anterior, Izaquiel já teria enforcado Keila durante uma discussão, o que levou familiares e amigos a alertarem sobre o perigo e a pedirem que ela terminasse o relacionamento.
“Dizíamos para ela: ‘Sai dessa, vai esperar ele te matar?’”, contou uma amiga, visivelmente abalada, que preferiu não se identificar. Apesar dos apelos, Keila permaneceu no relacionamento.
Ao contrário do agressor, Keila era descrita como alguém pacífica e generosa. "Ela era daquelas pessoas que estavam sempre dispostas a ajudar, sempre evitava brigas. Era incrível, alguém que fazia de tudo para evitar confusão", afirmou uma conhecida da vítima.
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Tragédia anunciada
A família de Keila sempre se opôs à relação, reconhecendo o comportamento agressivo de Izaquiel. No entanto, ela insistiu em continuar ao lado dele, mesmo com os sinais crescentes de perigo. A vítima deixa dois filhos, que agora estão sob os cuidados de outro parente.
Keila foi encontrada morta em um galpão no SIA, apresentando sinais de asfixia. De acordo com relatos, o crime aconteceu após uma discussão entre o casal, supostamente motivada por mensagens trocadas entre Keila e outro homem. Em um ataque de fúria, Izaquiel teria agredido e enforcado a mulher.
Confissão e tentativa de suicídio
Após cometer o crime, o suspeito fugiu e foi localizado em uma passarela no Cruzeiro Novo, onde tentou tirar a própria vida. Ele foi impedido pela equipe do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF) e, durante o atendimento, confessou o assassinato.
Izaquiel foi levado ao Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) para atendimento médico e, após sua recuperação, será transferido para a carceragem da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). O caso segue sob investigação da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) I, localizada na Asa Sul.
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