Tentativa de abuso

Mulheres manifestam por segurança no Parque Olhos d'Água neste sábado (14/12)

O ato deste sábado (14/12) acontece após uma tentativa de estupro de uma mulher que caminhava no parque, na última sexta (6/12). Em nota, o Ibram afirmou que o GDF presta suporte ao parque por meio da contratação de vigilância patrimonial

Um grupo de pessoas foi ao Parque Olhos d’Água, na Asa Norte, para cobrar medidas efetivas de segurança no local. O ato acontece após uma tentativa de estupro de uma mulher que caminhava no parque, na última sexta-feira (6/12).

Uma das organizadoras da manifestação, Madalena Rodrigues, reivindicou uma maior atenção do poder público em relação à segurança no espaço de lazer. “Eu sou frequentadora do parque há anos, e é preciso que aqui tenha uma segurança motorizada para ir às áreas mais distantes”, disse Madalena.

 

Uma das preocupações é com os locais menos frequentados no interior do Parque Olhos d'Água. "O parque tem 21 hectares, apenas isso, não é tão grande, mas tem áreas que ficam mais isoladas. É preciso ter eficiência do poder público no cuidado com esse parque, que é frequentado por milhares de pessoas, a maioria mulheres", afirmou Madalena Rodrigues.

Reforço de PMs

Já foi possível perceber o reforço de policiamento com diversos PMs circulando no local e carros da segurança privada estacionados na entrada. Mas a comunidade pede que seja algo permanente. Nana Silva, uma das organizadoras da manifestação, expressou a indignação e o medo das mulheres com a situação. "O que aconteceu há alguns dias aqui não é um caso isolado. Já vinham ocorrendo muitas reclamações. Infelizmente, as mulheres ainda estão muito vulneráveis nesta sociedade, com a presença ainda da cultura do estupro, com os feminicídios", destacou.

O caso da vítima atacada no Parque por um homem que entrou no local pela L2 Norte gerou diversas reações. A frase "estupradores no parque" foi pintada no chão, mas posteriormente apagada pelo Instituto Brasília Ambiental (Ibram).

Ibram

Em nota, o Ibram afirmou que o GDF presta suporte ao parque por meio da contratação de serviços de vigilância patrimonial previstos no contrato corporativo de vigilância. Segundo o órgão, o parque conta com dois postos diurnos de vigilância desarmada e dois postos noturnos de vigilância armada.

"Está em análise, a solicitação de acréscimo de postos de vigilância com ronda motorizada, tanto no período diurno quanto noturno. A viabilidade de implantação será avaliada após a realização de fiscalização técnica no local e condicionada à disponibilidade de saldo contratual", informou a nota.

O deputado distrital Gabriel Magno (PT) participou da manifestação. Ele ressaltou que, neste ano, houve um aumento de 27% das denúncias de violência contra a mulher no Ligue 180. "Foram mais de 680 denúncias de casos de estupro e mais de 20 casos de feminicídio, além dos casos que não são denunciados", apontou. Segundo o parlamentar, é preciso priorizar os investimentos para garantir a segurança especialmente das mulheres.  "Casos como este, em locais de lazer, alertam a toda a população, mas, infelizmente esta é a realidade em vários outros espaços do DF", lamentou.

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