Investigação

Sumiço de casal completa 1 mês; polícia não descarta nenhuma hipótese

Kelly Patrícia Alves Pereira e Eduardo Rodrigues de Sousa foram vistos pela última vez na tarde de 11 de novembro, ao deixar a residência de um amigo na QR 204, em Santa Maria.

Nesta quarta-feira (11/12) completa um mês do desaparecimento do casal Kelly Patrícia Alves Pereira, 42 anos, e Eduardo Rodrigues de Sousa, 33. Os dois foram vistos pela última vez na tarde de 11 de novembro, ao deixar a residência de um amigo chamado Diego de Souza, na QR 204, em Santa Maria.

Nas semanas que antecederam o desaparecimento, Kelly e Eduardo passaram a dormir na casa de Diego. Kelly passava o dia em casa e à noite ia para a residência do amigo, que fica na mesma quadra.  

Em entrevista ao Correio, Diego contou como o casal passou a dormir na casa dele. “Eu comprei uma televisão dele (Eduardo) e iria pagar as parcelas de R$ 100. Um dia, ele me ligou cobrando, um pouco nervoso, saí do trabalho e fui para a casa com o dinheiro e o paguei. Ele pediu desculpas pela forma como falou comigo e disse que precisava do dinheiro para ir a um hotel com a Kelly. Eu achei estranho e falei que eles podiam ficar dormindo na minha casa”, detalhou. 

O casal aceitou a proposta e resolveu passar as noites na casa de Diego. “Eu só disse a eles para se preocuparem com a alimentação e até achei bom, pois estavam me fazendo companhia.” Em 10 de novembro, Kelly e Eduardo foram novamente para a residência de Diego assistir ao jogo entre o Atlético/MG e Flamengo. 

Kelly e Eduardo estavam sem celular. O aparelho de Kelly quebrou e foi levado à uma loja para conserto. No final da manhã do dia 11 de novembro, ela enviou uma mensagem à filha pelo celular de Diego. Na mensagem, perguntou se as crianças estavam bem e disse que retornaria para a casa à tarde. 

Antes do sumiço, Kelly mencionou a Diego que ela e Eduardo se hospedariam na casa de uma amiga em Santa Maria Norte. Contudo, o casal nunca chegou ao local.

Família

Mãe de três filhos e avó de três netos, Kelly é descrita como uma mulher reservada e de hábitos caseiros. Eduardo, também pai de três crianças de um relacionamento anterior, vinha de uma família de três irmãos. O casal estava junto há pouco mais de dois meses e se conheceu por meio de amigos em comum. A relação, segundo os conhecidos, era aparentemente harmoniosa.

Vizinhos de poucos metros de distância, os dois costumavam se encontrar entre as quadras e planejavam alugar uma casa para morar juntos. “Minha mãe queria um espaço só dela. Aqui são muitas crianças, filhos, parentes. Ela buscava privacidade, mas isso não era uma fuga, apenas um projeto”, relatou Nayara Pereira Neto, 25, filha de Kelly.

A jovem destaca que a mãe nunca deixava de dar notícias e tinha um forte vínculo com a família. “Ela não bebia, era muito apegada a nós e sempre fazia questão de ligar quando saía. Nunca ficou tanto tempo sem contato”, frisou Nayara.

O Correio apurou que a Polícia Civil (PCDF) trabalha com uma informação "quase irrefutável" sobre o paradeiro dos dois.

A reportagem também conversou com uma pessoa moradora de São Paulo que afirma veementemente ter visto o casal no Terminal Rodoviário do Tietê. O rapaz diz, ainda, que os dois teriam frequentado uma ONG, que oferece refeição e banho. A veracidade das informações ainda é checada pelos investigadores da 33ª Delegacia de Polícia (Santa Maria), que não descartam nenhuma hipótese até o momento.

 

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