SEGURANÇA

Moradores se preocupam com assaltos em paradas de ônibus

Brasilienses que usam o transporte público enfrentam os riscos enquanto esperam nos pontos de ônibus. Na segunda-feira (9/12), a polícia prendeu três criminosos que assaltavam em paradas do Lago Norte

Após a prisão de três criminosos que faziam parte de um grupo que assaltava em paradas de ônibus do Lago Norte, a segurança nesses locais voltou a preocupar as pessoas que usam o transporte coletivo no Distrito Federal. O Correio conversou com pessoas que contaram como fazem para se proteger enquanto aguardam o ônibus.

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Uma delas é Jeany da Silva Barbosa, de 31 anos, que trabalha como assistente administrativa e todos os dias faz o percurso SIG-Samambaia. Ela compartilhou que já passou por momentos nos quais se sentiu em perigo.

Para evitar isso, Jeany disse que costuma ficar um pouco mais afastada dos pontos exatos. “Se eu pegar o ônibus muito cedo e a parada estiver vazia é mais perigoso, principalmente se eu subir sozinha", explicou. "E se a gente ficar até muito tarde, fica escuro e acaba não tendo tanta segurança. Por mais que tenha pessoas em volta acaba sendo perigoso”, completou Jeany. 

Residente jurídica, Mayara Moraes viaja todos os dias de ônibus do Eixo Monumental até o Recanto das Emas para voltar do estágio. Ela sempre presta bastante atenção aos arredores, enquanto espera o transporte, pois sua mãe foi assaltada no Recanto das Emas. “Já ocorreu dela ser abordada e colocarem uma faca em seu pescoço. A sorte foi que passou uma viatura da polícia”.

Para evitar riscos, semelhantes, a jovem de 23 anos evita começar o trajeto em horários de pouco movimento, quando as paradas ficam desertas.

À luz do dia

Essa falta de segurança nem sempre depende do horário. Mesmo à luz do dia, Iranildo Martins, de 29 anos, passou por um susto ao ser assaltado, no Recanto das Emas. Por volta das 16h, ele esperava um ônibus para ir à faculdade. Foi quando um grupo de adolescentes o abordou pedindo sua mochila, afirmando que atirariam se ele não colaborasse. Iranildo optou por entregar seus pertences, prezando por sua segurança.

“O ônibus estava quase chegando perto da minha casa. Eles entraram na parada anterior e anunciaram o assalto. Nesse dia, eu sei que eles estavam armados. Botaram a arma na minha frente e falaram que só queriam as coisas”, relembrou. 

Ele acescentou que, muitas vezes, esses crimes se estendem das paradas para o próprio interior do transporte coletivo. Martins lembrou que, em uma noite, um grupo entrou no coletivo que o transportava para casa e anunciou um assalto. 

Para tentar evitar que os sustos se repitam, Iranildo evita usar o celular em volta da parada, onde criminosos podem estar de olho. 

Relembre o caso

Três homens com idades entre 20 e 30 anos foram presos por fazerem parte de um grupo que cometia assaltos contra passageiros em paradas de ônibus da Ponte do Bragueto e da Caesb, no Lago Norte. Os criminosos foram capturados pela 9ª Delegacia de Polícia (Lago Norte), o último deles na segunda-feira (9/12).

No boletim de ocorrência, as vítimas relataram que, no momento em que estavam nas paradas de ônibus, os autores as abordaram e levaram seus celulares e demais pertences. Em seguida, eles fugiram a pé. O delegado explicou que os criminosos se revezavam nos roubos.

Durante a operação, que resultou na detenção dos três envolvidos, os policiais localizaram dois celulares roubados nas paradas de ônibus e um simulacro de arma de fogo. Os homens irão responder por associação criminosa e roubo majorado.

*Estagiário sob supervisão de Malcia Afonso

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