ENTREVISTA

Mais da metade do orçamento da saúde vem do FCDF, diz Paula Belmonte

Ao CB.Poder, a deputada destacou que além da saúde serão afetadas a educação e a segurança, caso haja mudança de cálculo no fundo. A parlamentar também falou sobre violência contra a mulher e feminicídio

A deputada Paula Belmonte, presidente da Comissão de Fiscalização, Governança, Transparência e Controle da Câmara Legislativa do Distrito Federal, falou que o Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF) é fundamental para manter o funcionamento da capital. “Principalmente na área de educação, segurança e saúde”, relatou. Aos jornalistas Mariana Niederauer e Ronayre Nunes, no programa CB.Poder — parceria entre o Correio e a TV Brasília — desta segunda-feira (9/12), a parlamentar também discutiu sobre violência contra a mulher e feminicídio.

Belmonte destacou que mais da metade do orçamento da saúde do DF é constituído pelo FCDF. “É importante dizer que essa saúde atende não só à população do DF. Vários estados mandam os seus pacientes para serem atendidos aqui, porque nós temos uma saúde de ponta. Então, para transplantes, para atendimento a câncer, atendimento às nossas crianças, tudo isso tem um impacto direto no atendimento”, descreveu. “Os parlamentares, principalmente o Governo Federal, têm que entender que a gente precisa manter isso — os valores do FCDF — aqui”, reforçou.

Feminicídio e violência contra a mulher

Durante o programa, a deputada falou que o feminicídio é um crime que vem sendo combatido. “O que precisamos fazer é trazer o aspecto educacional e colocar mais isso dentro das escolas, mostrando que o respeito à mulher é fundamental para o equilíbrio da sociedade. Porque ainda é subnotificada a violência doméstica e o abuso sexual. Precisamos ter canais para que as pessoas possam denunciar e sermos efetivamente mais combativos em relação às penas ocorridas”, relatou.

De acordo com a parlamentar, o feminicídio tira não só a vida da vítima, mas também da família. “As crianças ficam órfãs, e existe uma mãe e um pai que perderam uma filha. Então, é importante também estarmos com políticas públicas para o amparo daquelas famílias, porque é muito forte. Muitas vezes, os filhos ficam em uma situação muito vulnerável”, observou. “Quero ressaltar que a Câmara Legislativa teve um trabalho muito prudente, oferecendo para aquelas famílias de violência doméstica e, principalmente, de feminicídio, um aluguel social, para que elas possam ter pelo menos o mínimo de dignidade”, acrescentou.

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Veja a entrevista na íntegra

 

*Estagiário sob a supervisão de Márcia Machado

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