O último fim de semana do ano chegou, e nada melhor do que dar aquela desacelerada não só do trabalho, mas de 2024 como um todo. Os brasilienses estão aproveitando de diferentes formas. Enquanto uns decidem se conectar com a espiritualidade, outros preferem cuidar do corpo e passar o dia ao ar livre, alguns optam por celebrar com amigos nos diversos bares da capital e ainda há quem não abra mãos dos exercícios físicos. Apesar da diversidade, uma coisa é comum a todos: a alta expectativa em relação a 2025.
Muitos começaram o domingo nas igrejas do Distrito Federal. Em busca de inspiração e gratidão, os fiéis compareceram às missas e cultos matinais, marcados por mensagens de esperança e renovação espiritual. O casal Mayumi Uchoa, de 39 anos, e Alaor Neto, 39, encontrou na Igrejinha de Fátima, da 307/308 Sul, o lugar ideal para refletir e apresentar às filhas, Luiza, de 4 anos, e Sofia, de 2, um dos marcos arquitetônicos e culturais de Brasília. Dividindo a vida entre São Paulo e visitas frequentes à capital, a família fez da última missa do ano um momento de conexão e gratidão.
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"É maravilhoso relembrar e reviver minha infância aqui, além de poder mostrar a nossas filhas locais marcantes na minha história. Elas acham tudo novidade, e só de terem mais liberdade e contato com áreas verdes, ficam muito felizes", contou Mayumi, nascida e criada no DF antes de mudar-se para São Paulo, há dez anos.
Ao fazer um balanço de 2024, o casal mostrou-se grato. "Tivemos momentos difíceis, mas superamos a maioria e concluímos mais um ciclo com saúde e união. Em 2025, queremos ver as crianças crescerem felizes, consolidar nossa família e planejar outras viagens", finalizou Alaor.
Caminhadas
Para outros, o final de semana é tempo de reconectar corpo e mente por meio de atividades físicas. O domingo foi marcado por atividades ao ar livre no Eixão. Entre eles estava o professor aposentado João Domiciano, 70. O morador da Asa Norte aproveitou para pedalar, hábito que ele manteve em todos os finais de semana deste ano. Em 2025, João pretende passear ainda mais pela cidade em sua fiel companheira de duas rodas. "Com muita alegria e saúde", completou.
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Milena Almeida, 24, e Gabriel Francisco, 22, curtiram a manhã para passear com a cadela Dory no Eixão. O jovem casal aproveitou o momento para refletir sobre 2024 e estabelecer metas a serem alcançadas no próximo ano. Gabriel quer passar num concurso público, na área de segurança pública. Já Milena pretende terminar o TCC e finalmente conquistar o tão sonhado diploma da graduação em letras. "Esses momentos aqui no Eixão vão além do lazer. É uma forma de pensar no que passou e planejar como queremos mudar ou continuar", resumiu a universitária.
Contato com a natureza
No Parque da Cidade, o clima foi de encontros e momentos em família. André Daniel, 46, foi um dos que desfrutou o domingo ensolarado num piquenique ao lado da esposa, Márcia Lira, 40, e das duas filhas, Yasmin e Nicole. "Essa energia, esse calor humano, incentiva a gente a participar e estar presente", afirmou. Frequentador assíduo do parque, André avaliou o ano de 2024 como desafiador, especialmente pelo aumento da tributação e a seca severa na região. Apesar disso, ele demonstra esperança para 2025. "Espero paz, tranquilidade e prosperidade. Estou feliz do jeito que estou e quero manter o ritmo", declarou.
Yasmin Lima, 16, filha de André, apontou o significado especial do piquenique no Parque da Cidade. "É uma atividade muito confortável, ideal a esse momento de reflexão e renovação. 2024 não foi tão bom, mas tenho esperança de um 2025 melhor", contou. Estudante do ensino médio, a jovem encara mudanças escolares como desafios importantes. "A transição do fundamental para o ensino médio foi brusca, porém nada impossível de superar. Minha meta em 2025 é me dedicar ainda mais aos estudos. A mensagem a outros jovens é que 2025 será leve e melhor para todos nós", comentou.
Celebração no bar
À tarde e à noite, os bares de Brasília se tornaram pontos de encontro muito procurados por quem quis brindar o fim de 2024. O Primeiro — Cozinha de Bar, no Sudoeste, espaço tradicional de encontros e danças, viveu um domingo magnífico e melancólico no último fim de semana do ano, já que o espaço foi vendido e dará lugar a uma unidade da rede de botecos Caju Limão.
O servidor público Rodrigo Rabelo, 44, frequentador assíduo do local, ao lado da namorada Pilar Gabriela, destacou a importância do espaço para a comunidade. "É o último dia, e a gente não podia deixar de participar. Esse lugar marcou nossa vida durante tantos anos. Nossa galera faz o coração do Primeiro bater", afirmou. Rodrigo avaliou 2024 como um ano de crescimento e aprendizado. "Que 2025 traga saúde, paz, dança e prosperidade para todos nós", desejou.
Apesar da despedida, a alegria pela celebração foi marcante. Entre o misto de emoções, a professora Lena Botelho também frisou seu amor pela dança. Ela espera que 2025 traga felicidade que o Primeiro proporcionou. "Que 2025 seja tão alegre quanto 2024 e ainda mais próspero. Levaremos conosco os domingos felizes e as amizades construídas ao som da música, que prometem ser vibrantes no próximo ano", concluiu.
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