Investigação

Alvo de ataque que deixou idosa morta era jurado de morte, narram testemunhas

Roberto Miranda deixou a cadeia pela primeira vez, após ficar 20 anos preso. Ele foi baleado no quintal da casa da ex-sogra, em Ceilândia. A ex-sogra morreu

Jussilene Oliveira, 61 anos, foi alvejada quando o atirador tentava acertar Roberto Miranda, ex-genro dela  -  (crédito: Darcianne Diogo/CB/D.A. Press)
Jussilene Oliveira, 61 anos, foi alvejada quando o atirador tentava acertar Roberto Miranda, ex-genro dela - (crédito: Darcianne Diogo/CB/D.A. Press)

O alvo do ataque que deixou uma mulher de 61 anos morta havia deixado a cadeia pela primeira vez para o saidão de Natal, depois de cumprir quase 20 anos de prisão, e era jurado de morte, segundo relataram testemunhas ao Correio. Roberto Miranda, 41, é ex-genro de Jussilene Oliveira. Jussilene estava no quintal de casa, na QNP 10 de Ceilândia, quando foi atingida com um tiro. 

O crime ocorreu na tarde desta quarta-feira (25/12).  A aposentada Jussilene estava na companhia de outros parentes em casa, incluindo filhos e netos. No quintal de casa, uma mesa decorativa natalina indicava que a família havia passado o Natal juntos. Um dos convidados era Roberto, ex-genro, que foi à casa para visitar a filha. O detento deixou a cadeia na segunda-feira (23/12), após quase 20 anos preso. Testemunhas relataram que ele era jurado de morte.

De acordo com a Polícia Militar, o responsável pelos disparos chegou em uma moto CB 300 preta. Vizinhos narraram à reportagem que o motociclista desceu estacionou próximo à residência, desceu da moto, aproveitou-se do portão meio aberto e efetuou ao menos nove tiros de arma de fogo. Todos estavam no quintal da residência e correram para dentro. Jussilene foi a primeira a ser acertada com um tiro e Roberto levou ao menos quatro disparos. 

Comoção

No local do crime, parentes evitaram conceder entrevistas, mas lamentaram a morte de Jussilene. Um dos irmãos dela contou à reportagem que a idosa era uma pessoa tranquila e amorosa. “Trabalhou por muito tempo em uma escola como ajudante e agora morre em uma tragédia dessa”, desabafou. 

Netos e filhos lamentavam aos prantos do lado de fora. “A minha avó não merecia isso. Por quê fizeram isso com ela?”, questionava uma neta. 

As investigações estão a cargo da 23ª Delegacia de Polícia (P Sul).

 

Darcianne Diogo
postado em 25/12/2024 22:07
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