As lojas M3 Imports guardavam em estoque aproximadamente R$ 2 milhões de produtos falsificados de marcas de renome internacional. Os estabelecimentos, situados em Ceilândia e Taguatinga, foram alvos de uma operação conjunta entre a Polícia Civil (PCDF), Receita do DF e Procon, na sexta-feira (20/12). Mesmo após a fiscalização, o perfil do Instagram da M3 publicou vídeos anunciando a venda de tênis, óculos e roupas.
A delegada Isabel Dávila, chefe da Diretoria da Divisão de Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial da Corf (DRCPIM), informou ao Correio que produtos apreendidos foram avaliados em cerca de R$ 2 milhões. “Por hora, os produtos ficaram na loja, porque os proprietários representantes ficaram como fiel depositário. Posteriormente a esse período de fim de ano, as marcas recolherão os itens para dar o destino adequado”, esclareceu.
Durante a operação, as equipes, que incluíam policiais civis da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT), encontraram os depósitos abastecidos com os produtos falsificados. Os itens foram “marcados” pela Polícia Civil e, caso esses produtos sejam mexidos, vendidos ou repassados, os responsáveis vão responder criminalmente.
Reabertura
Os responsáveis pelos estabelecimentos, um homem e uma mulher, foram conduzidos à DRCPIM ainda na sexta-feira, onde foram realizados os procedimentos necessários para a instauração das investigações penais. Ambos assinaram termo de compromisso de comparecimento ao Judiciário e responderão ao procedimento em liberdade. “Os dois foram indiciados no crime de violação de direito de marcas, que é uma pena de detenção. Esses termos circunstanciados vão servir de base para a continuação das investigações. Será instaurado um inquérito para que as apurações avancem e se aprofundem”, destacou a delegada.
Na delegacia, eles alegaram que os produtos eram réplicas. Após a fiscalização, a página do Instagram da M3 Imports publicou um vídeo com o título “Nota de esclarecimento”. Na filmagem, o proprietário diz: “Sei que vocês estão esperando algum esclarecimento. Pessoal, o esclarecimento é que não tem o que esclarecer. Ontem, passamos por uma fiscalização, mas já está tudo certo. Nossa loja da Ceilândia está aberta e, por enquanto, vamos ficar só com a loja de Ceilândia aberta.”
A PCDF ressalta que as investigações permanecem em andamento, com o objetivo de identificar a origem das mercadorias contrafeitas e possíveis conexões com outros crimes.