Preconceito

Homem é detido por injúria em shopping do Plano Piloto

Após proferir ofensas à gerente de um quiosque no shopping, o homem foi levado à delegacia e, depois de depor, ele foi liberado

Crédito: Cristiano Gomes/CB/D.A Press. Busto de mulher com rosto coberto por mancha preta. -  (crédito: Cristiano Gomes/CB/D.A Press)
Crédito: Cristiano Gomes/CB/D.A Press. Busto de mulher com rosto coberto por mancha preta. - (crédito: Cristiano Gomes/CB/D.A Press)

Um homem foi preso suspeito de agredir verbalmente uma mulher na manhã da última quarta-feira (18/12), em um shopping do Plano Piloto. As agressões ocorreram por volta das 10h50.

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Irla de Assis Castro, 24, conta como tudo começou: “Eu estava trabalhando no quiosque e chegou um senhor perguntando se eu tinha visto os amigos dele. Eu falei que não e ele me perguntou se eu só servia pra servir café, ao que eu respondi que sim”. Após esse diálogo, o acusado começou a proferir ofensas a Irla. “Ele começou a falar que eu sou imunda, suja. Ele disse que eu não nasci, fui cagada”, completa Irla. 

A vítima ainda afirma que o homem usou da aparência dela para fazer ataques, insinuando que ela estava tentando se passar por um homem. “Ele falou do meu nariz que estava com um piercing, além de pegar nas partes íntimas e me perguntar se eu tinha pênis”. Assim que os seguranças do shopping se aproximaram para deter o homem ele tentou dar um chute em Irla, que não a acertou. 

Os seguranças conduziram o homem para fora do shopping, mas o mesmo retornou ao local e continuou a insultar a mulher. Nesse momento, Irla liga para a polícia e se dirige ao piso superior enquanto esperava a chegada dos policiais, o homem fica em outro estabelecimento. Mesmo com a presença dos policiais, o homem continuou os insultos e insinuou que a moça usava drogas.

Segundo depoimento prestado à polícia, o homem afirma que participa de um grupo de idosos e que não proferiu ofensas em momento nenhum. Irla afirma que a situação é bem difícil e que deseja que seus direitos sejam respeitado: “Eu quero justiça. Acredito que se ele fez comigo, ele pode fazer com outras pessoas também. Isso não pode acontecer”, afirma Irla.

Após o depoimento à polícia, o homem foi liberado. A ocorrência foi registrada como injúria pelo delegado da 5° DP, da Asa Norte, e encaminhada ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) para mais investigações. 

* Estagiário sob a supervisão de Márcia Machado

Luiz Fellipe Alves
postado em 19/12/2024 16:57 / atualizado em 19/12/2024 17:04
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