O presidente da Fecomércio-DF, José Aparecido Freire, participou nesta quarta-feira (18/12) do CB. Debate Entre os Eixos do DF: o Fundo Constitucional do Distrito Federal, realizado no auditório do Correio Braziliense. Ele foi um dos palestrantes do segundo painel do evento.
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Aparecido destacou o impacto negativo que a alteração no cálculo do Fundo Constitucional pode causar ao setor produtivo do Distrito Federal, responsável por mais de 90% da economia local. “Temos cerca de 230 mil empresas na nossa base, que geram mais de 1 milhão de empregos. Por isso, é essencial debatermos essa questão. Não concordamos, de forma alguma, com a mudança no cálculo do Fundo Constitucional. No ano passado, essa discussão já foi levantada, conseguimos impedir a alteração, e estamos prontos para lutar novamente”, afirmou.
Segundo o presidente da Fecomércio-DF, preservar o Fundo Constitucional é vital para o DF. “Qualquer mudança no cálculo impactará diretamente setores essenciais, como segurança, educação e saúde, além de aumentar o desemprego. Isso também afetará os servidores públicos, que podem perder condições de reajuste salarial. Em 10 anos, essas alterações podem gerar um prejuízo de R$ 13 bilhões ao Distrito Federal. Estamos falando, literalmente, de colocar em risco a sustentabilidade econômica e social da nossa região”, alertou Aparecido.
Entenda
O Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF) é um recurso da União repassado anualmente para o DF, com o objetivo de custear a saúde, a segurança pública e a educação na capital do país. Em vigor desde 2002, a verba é calculada de acordo com a Receita Corrente da União (RCL).
O Projeto de Lei 4614/2024, que tramita na Câmara dos Deputados, propõe a mudança na forma de cálculo do FCDF. A proposta do projeto, de autoria do líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), é que o FCDF passe a ser calculado com base no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o que causaria perdas de, pelo menos, R$ 800 milhões somente em 2025.
O projeto deve ser votado nesta quarta-feira (18/12) na Câmara dos Deputados.