Um dos painelistas convidados do CB Debate Entre os eixos do DF: O Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF), o empresário Paulo Octávio defendeu que mudar a fórmula de reajuste do fundo é “uma agressão” à capital do país.
“A fórmula de reajuste que criamos foi a receita corrente líquida da União, justamente pelo fato de que a arrecadação federal tende a aumentar, num país em desenvolvimento. Então, mudar a fórmula do reajuste é uma agressão a uma norma que foi constituída, aprovada e sancionada”, ressaltou.
Paulo Octávio, que é presidente regional do PSD no DF, comentou que o fundo foi criado para ajudar uma cidade que foi construída para ser a capital da República. “Logicamente, ela tem custos extraordinários. É difícil manter toda essa máquina pública, com todos os parlamentares, todos os tribunais, todos os ministros e todas as embaixadas”, pontuou.
De acordo com o empresário, isso faz com que Brasília seja diferente de qualquer cidade. “Quando criamos o fundo, em 2002, foi para ter uma proteção, no futuro, das áreas mais importantes, para que os profissionais dessas áreas pudessem ser bem remunerados, e isso tem sido uma conquista de Brasília”, afirmou.
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O que é?
O Fundo Constitucional do Distrito Federal é um recurso da União repassado anualmente para o DF, com o objetivo de custear a saúde, segurança pública e a educação na capital do país. Em vigor desde 2002, a verba é calculada de acordo com a Receita Corrente da União (RCL).
O Projeto de Lei 4614/2024, que tramita na Câmara dos Deputados, propõe a mudança na forma de cálculo do FCDF. A proposta do projeto, de autoria do líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), é que o FCDF passe a ser calculado com base no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o que causaria perdas de, pelo menos, R$ 800 milhões, somente em 2025. O projeto deve ser votado nesta quarta-feira (18/12) na Câmara dos Deputados.
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