OPERAÇÃO SIDERATO

Grupo do DF que movimentou R$2 bilhões com tráfico internacional é alvo da PF

Além do DF, a Polícia Federal também cumpre 32 mandados em Goiás, Minas Gerais, Amazonas e na Bahia

Traficantes do DF que movimentaram mais de R$ 2,2 bilhões são presos
 -  (crédito: PF/Divulgação)
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Traficantes do DF que movimentaram mais de R$ 2,2 bilhões são presos - (crédito: PF/Divulgação)

Uma quadrilha que movimentou mais de R$ 2 bilhões em dois anos é investigada pela Polícia Federal. As autoridades realizaram na manhã desta terça-feira (17/12) a operação, batizada como Siderado, que tem o objetivo de desarticular esquema de tráfico internacional de drogas, que incluem suspeitos do Distrito Federal. Ao todo, foram cumpridos 32 mandados, sendo 19 de prisão e 13 de busca e apreensão, o bloqueio das contas de 38 investigados e o cancelamento das atividades de 7 empresas. 

Além disso, a PF também realizou o pedido de inclusão em Difusão Vermelha, da INTERPOL, contra um dos suspeitos da quadrilha. Os mandados de prisão foram expedidos pela 10ª Vara de Criminal da Justiça Federal no DF e são cumpridos nos estados do Goiás, Minas Gerais, Amazonas, Bahia e no DF.

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As investigações começaram em abril de 2023, após serem apreendidos cerca 1,5 tonelada de drogas, que seriam destinados ao DF, e cinco fuzis pela Polícia Civil do Amazonas. Desde então, a PF realizou três operações com o intuito de identificar os criminosos e foi descoberta uma grande rede de empresas de fachada.

Os empreendimentos acobertavam os recursos da quadrilha, que realizava a transferência de valores para Colômbia, onde um dos suspeitos mora, para pagar as drogas. Segundo as investigações, mais de R$ 2,2 bilhões foram movimentados pelo grupo no período de 2 anos.

Após as operações Rei do Skunk, Fênix e Espelhum, realizadas no decorrer de 2023, as investigações mapearam quase 40 suspeitos entre gestores financeiros, traficantes e laranjas do esquema. Além disso, foram apreendidos armas, munições, drogas e diversos bens de luxo como relógios e veículos.

Os criminosos também são investigados por praticarem crimes violentos, inclusive contra os próprios membros da organização. Um dos suspeitos teria sido sequestrado e torturado por líderes da quadrilha após suspeitar do desaparecimento de drogas. Outro investigado um dos líderes de uma facção criminosa na região Nordeste do país, nos estados da Bahia e de Sergipe. As investigações seguem em andamento.

Davi Cruz*
DC
postado em 17/12/2024 08:33