Dois membros do Primeiro Comando da Capital (PCC) foram condenados a mais de 31 anos de prisão pela morte do motoboy Geovane Reges Barbosa, 21 anos, morador de Águas Lindas de Goiás. O jovem foi brutalmente assassinado depois de cair em uma emboscada armada pelos criminosos. O corpo dele foi encontrado na região, em agosto de 2022.
A história aterrorizante começou com o desaparecimento de Geovane e foi contada com exclusividade pelo Correio. O motoboy e também DJ saiu de casa, em Águas Lindas, em 18 de junho, após receber o convite para tocar em uma festa. O evento era uma armadilha montada pelos criminosos.
Antes de desaparecer, Geovane encaminhou um áudio a um colega falando sobre um convite que havia recebido para tocar em uma festa em Padre Lúcio (GO). Dono de um carro automotivo, a ideia era que o jovem levasse o veículo ao evento. Na ligação, a pessoa pede para que o jovem vá só ao evento, pois a dona da chácara não “iria gostar”.
Sem notícias do jovem, familiares e amigos divulgaram fotos e informações que pudessem levar ao paradeiro do motoboy. Na manhã de 19 de junho de 2022, o carro de Geovane foi encontrado carbonizado num matagal de Brazlândia. Dois dias depois, o corpo dele foi localizado em uma mata.
O crime
Apontado como o principal mentor do crime, Weberth da Silva Alves é integrante do PCC e, segundo as investigações, foi o responsável por armar a emboscada para assassinar Geovane. No dia do crime, o autor enviou mensagens à vítima perguntando se ela poderia tocar numa festa e combinou de se encontrarem em uma casa antes de ir para a “festa”. “Na verdade, não houve festa alguma. Assim que o Geovane chegou na residência, recebeu um golpe de mata leão e foi estrangulado”, detalhou o delegado à frente do caso, Vinícius Máximo, da Delegacia de Águas Lindas.
Após matar o jovem, Weberth e outros três comparsas, incluindo Lucas Campos de Araújo e um adolescente, pegaram o carro de Geovane e foram até uma festa no Setor Norte de Brazlândia. Depois, tiraram o som do veículo e esconderam na casa do pai de um dos autores.
Com a prisão dos dois autores e a apreensão do adolescente, a polícia concluiu que, com base nos depoimentos, o homicídio teria sido motivado por uma rixa entre facções.
Lucas e Weberth foram condenados por latrocínio, corrupção de menores, dano qualificado e ocultação de cadáver. Cada um foi sentenciado a mais de 31 anos.
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