A tentativa de estupro de uma mulher que caminhava no Parque Olhos d'Água, na Asa Norte, na última sexta-feira, reacendeu o debate sobre a segurança no espaço de lazer. Frequentadores ouvidos pelo Correio expressaram preocupação e cobraram medidas efetivas para evitar novos episódios de violência.
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A vítima foi atacada por um homem que entrou na unidade de conservação pela L2 Norte e, após a tentativa, fugiu pelo mesmo caminho. A administração informou que a equipe do parque prestou assistência à mulher e acionou a Polícia Militar (PMDF). Até o momento, o suspeito não foi identificado.
O caso gerou reações imediatas. Durante o fim de semana, uma frase com os dizeres "estupradores no parque" foi pintada no chão, mas foi posteriormente apagada pelo Instituto Brasília Ambiental (Ibram), que classificou a ação como "vandalismo". De acordo com o órgão, o crime foi uma "excepcionalidade" no histórico do espaço.
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Medo
A aposentada Edméia Oliveira, 62 anos, frequenta o parque quase todos os dias e ressaltou que o ocorrido abalou profundamente a tranquilidade dela. "Não me sentia exatamente segura aqui e confesso que, agora, isso piorou. O Poder Público precisa dar mais atenção a essa área", contou.
O ilustrador Renan Torquato, 34, passa pelo local, com a namorada, a servidora pública Mariana Rodarte, 35, antes de seguirem para a academia. Após o caso, decidiram evitar o local por precaução. "Achava que era bem seguro, mas, depois dessa notícia, ficou complicado", disse Mariana. Renan defendeu a instalação de mais câmeras de segurança no local. "A sensação de estar sendo observado geralmente inibe esse tipo de comportamento", disse.
Reforço na segurança
Em nota, o Ibram afirmou que está comprometido em melhorar a segurança no Parque Olhos d'Água. "Fizemos uma solicitação (ao GDF) de um posto de vigilância motorizada para melhorar a segurança dos usuários e efetividade de vigilância patrimonial da unidade, mas ainda não recebemos retorno sobre a viabilidade", declarou o instituto.
O caso está sendo apurado pela Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), mas detalhes ainda não podem ser divulgados.
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