Pai, marido, avô e amigo. É assim que Dietrich Guenther Daehn, 84 anos, foi descrito pelo filho e crítico de cinema do Correio Braziliense, Ricardo Daehn, 51. Ex-capitão do Exército, Dietrich faleceu na sexta-feira (6/12), em São Paulo, depois de longos dias internado, em razão de complicações provocadas pela doença de Parkinson.
Ele deixa infinitas lições e um legado imenso para os que ficaram. Segundo Ricardo, o pai, militar de carreira, era filho de um caixeiro viajante alemão, que fugiu do país para não vivenciar a guerra. “Um leitor ávido, repassou esse hábito para os familiares. Lembro de ele sempre nos levar, aos domingos, para as bancas de jornais e revistas”, conta.
Para Ricardo, a maior gratidão está no esforço que Dietrich sempre teve para dar a melhor educação aos filhos. Não importa quantas horas passasse no quartel, toda a dedicação estava voltada para que os pequenos crescessem com os melhores estudos. “Meu pai obteve como condecoração a Medalha do Pacificador do Exército Brasileiro que homenageia civis e militares que tenham prestado serviços relevantes à instituição”, destaca.
A medalha, de acordo com Ricardo, pode ser concedida a pessoas que se destacaram por atos de coragem, abnegação e bravura, com risco de vida, no exercício de suas funções ou em missões militares, além de elevar o prestígio do Exército com ações específicas e desenvolver relações de amizade entre as forças militares de outras nações.
O sepultamento do pai está previsto para ocorrer em Santa Cruz do Sul, cidade natal do ex-capitão militar, no interior gaúcho. Dietrich deixa a esposa, Vera, cinco filhos e seis netos.