DF avança com Empresas de Terras Rurais (ETRs), mas crédito ainda é desafio

Rafael Bueno, secretário de Agricultura, destacou a importância do Fundo de Desenvolvimento Rural para ajudar produtores individuais e cooperativas

Secretário de Agricultura Rafael Bueno foi entrevistado no programa CB.Agro -  (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
Secretário de Agricultura Rafael Bueno foi entrevistado no programa CB.Agro - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

O acesso de produtores rurais ao crédito no Distrito Federal é “um pouco mais difícil”, segundo o secretário de Agricultura Rafael Bueno, “devido à questão fundiária”. Porém, o chefe da pasta disse que o governador Ibaneis Rocha tem “vencido a luta” e avançado com a criação da Empresa de Terras Rurais (ETR). “Temos progredido na emissão de CDUs (Concessão de Direito de Uso Oneroso) e CDRUs (Concessão de Direito Real de Uso) aos produtores rurais, mas ainda algumas instituições financeiras não aceitam esse instrumento como garantia para financiamento. O BRB (Banco de Brasília), no entanto, já aceita, o que facilita o crédito para o produtor”, comentou o secretário em entrevista ao CB.Agro desta sexta-feira (6/12) — uma parceria do Correio com a TV Brasília.

Além disso, Bueno destaca que a própria Secretaria da Agricultura do DF tem o Fundo de Desenvolvimento Rural do Distrito Federal, que financia os produtores a uma taxa de juros de 3% ao ano e rebate 25% da parcela se o produtor pagar na data correta. Ele destaca que um produtor individual pode pegar até R$ 200 mil e cooperativas até R$ 500 mil.

O secretário destaca, ainda, a parceria da pasta com os queijeiros locais e do entorno, apesar do DF não ser um grande produtor lácteo. “Secretaria de Agricultura iniciou, há 4 ou 5 meses, um trabalho para atrair esses queijeiros artesanais à legalidade. Afinal, queremos que o produto deles chegue aos supermercados, que possam vender em diversas ações”, explicou.

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“Fomos a primeira unidade da federação a liberar o registro provisório para o queijo. [...] O produtor, muitas vezes, tem receio não pela falta de capacidade, mas pela falta de conhecimento sobre como fazer o investimento e adaptar-se à legislação. A Secretaria de Agricultura estabeleceu parâmetros mínimos, e hoje o produtor, atendendo a esses requisitos, já pode obter o primeiro selo, o selo provisório. Ele terá um período de avaliação e, caso atinja outros parâmetros, poderá obter o selo definitivo”, completou.

Assista à entrevista na íntegra:

 

 

*Estagiário sob a supervisão de Márcia Machado

 

postado em 06/12/2024 22:36 / atualizado em 06/12/2024 22:39
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