Prestes a completar um mês, o desaparecimento do casal Kelly Patrícia Alves Pereira, 42 anos, e Eduardo Rodrigues de Sousa, 33, segue sem resolução. Eles foram vistos pela última vez na tarde de 11 de novembro, quando saíram da casa de um amigo, na QR 204. O Correio apurou que a Polícia Civil (PCDF) trabalha com uma informação "quase irrefutável" sobre paradeiro dos dois.
A reportagem também conversou com uma pessoa moradora de São Paulo que afirma veementemente ter visto o casal no Terminal Rodoviário do Tietê. O rapaz diz, ainda, que os dois teriam frequentado uma ONG, que oferece refeição e banho. A veracidade das informações ainda é checada pelos investigadores da 33ª Delegacia de Polícia (Santa Maria), que não descartam nenhuma hipótese até o momento.
As famílias de Eduardo e Kelly dizem não ver motivos para a fuga e definem o momento como “angustiante”. Em entrevista ao Correio concedida na semana passada, Nayara Pereira Neto, 25, uma das filhas de Kelly, disse que a mãe era uma pessoa caseira e nunca ficou sem dar notícias por muito tempo.
O dia do sumiço
Por pelo menos duas semanas, Kelly e Eduardo passaram a conviver juntos na casa de Diego de Souza, amigo de infância de Eduardo. Kelly passava o dia em casa e à noite ia para a casa de Diego, que também fica na quadra.
Ao Correio, Diego contou que foi procurado pelo colega. “Eu comprei uma televisão dele e iria pagar as parcelas de R$ 100. Um dia, ele me ligou cobrando, um pouco nervoso, saí do trabalho e fui para a casa com o dinheiro e o paguei. Ele pediu desculpas pela forma como falou comigo e disse que precisava do dinheiro para ir a um hotel com a Kelly. Eu achei estranho e falei que eles podiam ficar dormindo na minha casa”, detalhou.
O casal aceitou a proposta e resolveu passar as noites na casa de Diego. “Eu só disse a eles para se preocuparem com a alimentação e até achei bom, pois estavam me fazendo companhia.” Em 10 de novembro, Kelly e Eduardo foram novamente para a residência de Diego assistir ao jogo entre o Atlético/MG e o Flamengo.
Nayara conta que a mãe saiu de casa às 16h de 10 de novembro dizendo que ia ver a partida de futebol ao lado do namorado na residência de Diego. Depois, dormiria lá. “Foi tranquilo. Eles disseram que estavam um pouco constrangidos por medo de estar me incomodando, mas deixei claro que eles eram de casa”, ressaltou Diego.
Kelly e Eduardo estavam sem celular. O aparelho de Kelly quebrou e foi levado à uma loja para conserto. No final da manhã do dia 11 de novembro, ela enviou uma mensagem à filha pelo celular de Diego. Na mensagem, perguntou se as crianças estavam bem e disse que retornaria para a casa à tarde.
Diego conta que, antes do sumiço, Kelly o chamou e disse que iria passar a se hospedar junto a Eduardo na casa de uma amiga, em Santa Maria Norte, pois não queria mais incomodá-lo. “Eu disse várias vezes que eles poderiam ficar, mas ele arrumou uma mochila vermelha e disse que na sexta-feira voltariam.” A suposta amiga de Kelly contou que o casal nunca chegou à casa dela.
Qualquer informação pode ser repassada à Polícia Civil, pelo número 197.
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