Por Bruna Pauxis
Em resposta ao pedido do Ministério Público Federal (MPF), o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) concedeu mais tempo para que o órgão analise sobre a prisão imediata de Adriana Villela, condenada a 61 anos de reclusão, sob acusação de mandar matar os pais e uma funcionária da família.
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O pedido de prisão imediata, formulado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), foi encaminhado ao STJ em novembro deste ano, pela desembargadora do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) Simone Costa Lucindo Ferreira. Atualmente, Adriana segue livre devido ao artigo 594 do Código de Processo Penal, que permite que réus primários condenados em primeira instância sigam em liberdade até que se esgotem as possibilidades de recursos.
Relembre o crime
Os corpos do ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela; da advogada Maria Villela e da empregada da família, Francisca Nascimento Silva, foram encontrados em decomposição em 31 de agosto de 2009. Durante a investigação foi constatado que as vítimas haviam sido assassinadas três dias antes, dentro do apartamento da família.
Um ano após o crime, o porteiro do prédio, Leonardo Campos Alves, foi preso após assumir a culpa pelas mortes. Ele apontou, na época, que teve ajuda de um sobrinho e de outro indivíduo. Os dois suspeitos apontados também confessaram a participação nos crimes, mas, posteriormente, voltaram atrás e alegaram terem assumido a culpa após sofrerem tortura por 24 horas. Ainda assim, os três foram condenados, com suas penas somadas chegando a 177 anos.