O manifesto escrito pelos ex-reitores da UnB em repúdio aos atos antidemocráticos, incluindo a denúncia de uma trama para o assassinato do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do STF Alexandre de Moraes, foi tema do CB.Poder — parceria entre o Correio e a TV Brasília — desta segunda-feira (2/12). Aos jornalistas Sibele Negromonte e Ronayre Nunes, a professora universitária e ex-reitora da UnB, Márcia Abrahão, falou sobre a importância dos cidadãos compreenderem a gravidade dos atos antidemocráticos .
A ex-reitora da UnB destacou que, embora esteja mais leve como ex-reitora, continua engajada na luta pela democracia, considerando esse um compromisso essencial. Ela explicou que as universidades são frequentemente alvo de governos autoritários, como ocorreu na ditadura militar e no governo Bolsonaro, quando reitores eleitos não foram nomeados. “O manifesto dos ex-reitores reforça a necessidade de combater atos antidemocráticos e defender as instituições”, comentou.
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A população ainda não compreende plenamente a gravidade dos atos antidemocráticos, segundo a professora, em parte porque as mensagens das universidades não chegam de forma acessível e são, frequentemente, interpretadas como disputas políticas. “A falta de esclarecimento sobre a ditadura contribui para o ressurgimento de ciclos autoritários. É importante avançar com o projeto de lei sobre a nomeação de reitores“, salientou.
Márcia ressaltou que o presidente Lula respeita as escolhas da comunidade acadêmica, diferentemente de governos anteriores, o que tem garantido mais estabilidade. Sobre a transição, ela explicou que, embora sua gestão tenha organizado um processo estruturado, houve falhas de comunicação entre antigos e novos gestores, dificultando a continuidade de algumas atividades.
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