Morre Mara Abadia Kobelus, ex-funcionária do GDF e do Ministério da Saúde

Mara nasceu em Luziânia (GO), mas vivia em Brasília - (crédito: Reprodução/redes sociais)

Morreu, neste domingo (1º/12), em São Paulo, Mara Abadia de Souza Kobelus, no Instituto do Coração (Incor). Mara trabalhou no Governo do Distrito Federal (GDF) e também atuou no Ministério da Saúde (MS). Mara fez 61 anos em 15 de agosto passado. O velório será realizado nesta terça-feira (3/12), às 14h30, na capela especial 3, no Campo da Esperança, em Brasília. O sepultamento será às 17h.

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Mara nasceu em Luziânia (GO), mas vivia em Brasília. Havia iniciado, recentemente, uma segunda graduação — estava cursando direito no Centro Universitário UDF. A notícia da morte foi divulgada pela família de Mara, que informou, também, que providenciam o traslado do corpo para Brasília.

O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Swedenberger Barbosa, lamentou a morte de Mara. "Gratidão é minha síntese para registrar o que a querida Mara, amiga e parceira de trabalho de 30 anos representou para mim e para todos( as) que com ela conviveram. Sua maneira sempre colaborativa e sua alegria contagiante nos deixa um extraordinário legado!! Descanse em paz amiga!!", afirmou.

Auri Paiva trabalhou por 13 anos ao lado de Mara. O que antes era uma relação de trabalho tornou-se uma amizade. Ao Correio, descreveu a amiga, como uma mulher incrível. “ Mara é um misto de emoções, melhor amiga, companheira, filha amorosa, mãe dedicada, vovó apaixonada, feliz, amava uma festa e não interessava onde, só interessava estar em companhia dos amigos”, disse.

Auri acrescenta que vai ficar uma saudade e a gratidão a Deus por ter cruzado os caminhos das duas. “Ela vai viver em mim para sempre. Vai ser sempre a saudade feliz e as muitas gargalhadas que demos”, emocionou-se.

"Transformou vidas"

O filho de Mara Abadia, Júlio Maria Rodrigues, 36, destacou ao Correio que tinha uma relação com a mãe muito sólida e especial. "Minha mãe foi base na minha vida. Sempre esteve presente, sempre foi carinhosa e zeloza. O amor entre ela e eu era muito forte. A gente sempre esteve muito junto, por mais que em diversas circunstâncias a vida tenha separado a gente fisicamente. Minha mãe sempre dava um jeito de estar por perto", recordou.

Júlio contou que a mãe foi a São Paulo realizar um procedimento cirúrgico devido a um problema que afetou sua vida por muitos anos. "Ela teve febre reumática logo jovem. Passou por diversas operações no coração para troca da válvula mitral", explicou, acrescentando que Mara viajou para fazer a sexta cirurgia e houve complicações que resultaram nessa fatalidade.

O marido, Sergio Cascão Kobelus, 65, sente-se privilegiado pelos 30 anos de união. "A Mara, tinha várias Maras dentro dela: a filha, que quase todos os fins de semana ia visitar a mãe em Luziania; a mãe, que ia com frequência para Anápolis ver o filho; e a Mara avó", elencou. "Que amor era aquele pelo neto, meu Deus, que pegava o carro numa quarta-feira e ia para Anápolis à noite, porque tinha um evento da escola do Arturzinho. Dormia e voltava paro trabalho na quinta. Por onde ela passou, transformou vidas, ajudou, ensinou, amou, sofreu, chorou com amigos e desconhecidos. Estou com muita dor, muita saudade, e lindas lembranças", lamentou.

Amiga há mais de três décadas, Monica Rosa, 52, disse que via Mara como sua grande irmã. "Eu morava na 116 norte e ela na 316 norte, nos conhecemos embaixo do bloco. Desde então, ela sempre foi uma amiga fiel, com amor ao próximo incondicional, tolerância, exemplo de honestidade, felicidade era seu nome. Ela tinha uma garra, uma força de vontade, ela não enxergava o problema e sim a solução. Vai fazer uma falta tremenda", declarou, com lágrimas nos olhos.

Mara Abadia deixa o marido, de 65 anos; o filho, de 36; o neto, 7; o pai, 76; e a mãe, 87.