Investigação

Saiba quem são os 'cabeças' de esquema de desvio de cargas; dupla é procurada

Rodrigo Humberto Garcia e Carlos Roberto Ferreira da Silva foram alvos de uma operação coordenada pela 17ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Norte) na manhã desta quinta-feira (28/11)

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) divulgou as fotos de dois homens foragidos, suspeitos de causar um prejuízo de mais de R$ 200 mil com golpes aplicados em transportadoras de cargas e motoristas. Rodrigo Humberto Garcia e Carlos Roberto Ferreira da Silva foram alvos de uma operação coordenada pela 17ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Norte), na manhã desta quinta-feira (28/11).

Os dois fugitivos são apontados como os “cabeças” do esquema. Enquanto Carlos era responsável por manter contato com as vítimas, Rodrigo o auxiliava, contratando os fretes, chapas, entre outros.

O caso veio à tona em junho deste ano, depois que o proprietário de uma transportadora de cargas de Goiânia (GO) procurou a polícia para registrar um boletim de ocorrência. Segundo o empresário, a carga de embalagens avaliada em R$ 100 mil teria sido desviada pelos golpistas em um posto de Taguatinga. 

A partir das investigações, a polícia descobriu um meticuloso esquema golpista. A ação dos criminosos funcionava da seguinte forma: os autores tinham acesso a uma plataforma de anúncio de fretes. O site é usado por transportadoras e motoristas autônomos, que negociam o transporte de mercadorias e acordam um valor para um frete. 

Infiltrados nessa plataforma, os golpistas fingiam ser motoristas autônomos e fechavam o serviço com as transportadoras. “Fechado o acordo, as empresas retiravam o anúncio do ar e os golpistas elaboravam um novo anúncio simulando esse frete para outros motoristas. O motorista aceitava e ele (golpista) passava a ser intermediador. Para um, ele se dizia motorista e, para o outro, se passava pela empresa transportadora”, explica o delegado Thiago Boeing, adjunto da 17ª DP. 

Quando a carga chegava ao destino do frete, os estelionatários ligavam para o motorista alegando um imprevisto e que seria necessário fazer um transbordo de urgência da carga. Normalmente, a ação era feita em um posto de gasolina. Após a transferência da mercadoria, os golpistas desapareciam com a carga deixando transportador e motorista no prejuízo.

 

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