CRIME

Comboio do Cão montou rede estruturada de lavagem de dinheiro e fraudes

Nesta manhã, policiais civis cumprem  14 mandados de prisão cautelar e 14 de busca e apreensão em três cidades do DF, em Goiás e na Paraíba contra a organização criminosa

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) por meio da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) desencadeou, na manhã desta quinta-feira (28/11), a Operação Fittizia e desmantelou um esquema de lavagem de dinheiro e fraudes financeiras gerenciado pela maior facção do DF, o Comboio do Cão. São cumpridos 14 mandados de prisão cautelar e 14 de busca e apreensão em três cidades do DF, em Goiás e na Paraíba.

O grupo criminoso entrou novamente no radar dos investigadores depois que um faccionado local e foragido foi localizado e preso, em junho deste ano. O faccionado utilizava um documento de identificação falso, o que chamou a atenção da polícia para um possível esquema de fraudes e identidades falsas como parte do modus operandi da organização criminosa.

Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular<

A partir do aprofundamento desses fatos, foi identificada uma rede criminosa estruturada que operava através de empresas fantasmas, utilizando contas bancárias em nome de laranjas para lavar capitais obtidos em esquemas fraudulentos. Segundo as investigações, a ação dos autores envolvia a criação de empresas fictícias utilizadas para ocultar e movimentar recursos provenientes de atividades ilícitas, dificultando o rastreamento de sua origem criminosa.

Mais de 80 servidores, entre agentes, escrivães e delegados, foram mobilizados para cumprir as ordens judiciais nas cidades de Ceilândia, Taguatinga e Vicente Pires e nos municípios de Padre Bernardo (GO) e João Pessoa (PB). Além disso, foram cumpridos mandados de sequestro de imóveis e bloqueio de valores ilícitos.

A operação, que teve o apoio do Departamento de Polícia Circunscricional, integra o esforço conjunto da Operação Renorcrim, uma iniciativa nacional articulada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), através da Coordenação-Geral de Operações Integradas e Combate ao Crime Organizado (CGOI), no âmbito da Rede Nacional de Unidades Especializadas de Enfrentamento às Organizações Criminosas (Renorcrim).

Os investigados poderão responder pelos crimes de integrar organização criminosa, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e estelionato.

Mais Lidas