Nascido em Belo Horizonte, em 2014, e pela primeira vez no Distrito Federal, o Festival Botecar foi o tema central do Podcast do Correio, que recebeu, nesta terça-feira (26/11), o curador gastronômico do evento e chef da Toca do Chopp, Claude Capdeville. Aos jornalistas José Carlos Vieira e Marcelo Agner, o convidado destacou que essa iniciativa, que tem parceria do Correio, movimenta o turismo, os bares e a economia da cidade, pois os estabelecimentos recebem mais frequentadores durante as festividades. O evento começou em 6 de novembro e vai até 7 de dezembro.
Como é o festival e qual o objetivo dele?
O Botecar começou em Belo Horizonte, há 10 anos, e veio para cá, neste ano, pela primeira vez. Ele também começou a ser realizado no Rio de Janeiro na última sexta-feira (22/11). O Festival Botecar, em BH, tem uma consolidação e uma força muito grande, pois movimenta bastante o turismo, os bares e os restaurantes da cidade. Ele também movimenta a economia, porque gera empregos, como para profissionais diaristas.
Sobre essa geração de empregos, pode detalhar como isso movimenta a cidade?
Está mexendo com Brasília. São extras, e isso influencia na economia geral, porque as empresas vendem mais, as nossas empresas de bebidas vendem mais. Empresas de talheres, copos, isso tudo vai movimentando, não é? Também temos aquelas empresas terceirizadas, como as de gás de cozinha. Ou seja, há uma cadeia econômica que é beneficiada. Muitas pessoas vêm de outros lugares para cá.
Quais as características do mercado de cada região — Rio de Janeiro, BH e DF?
Para o povo de BH, isso já virou um evento consolidado e, nessa época, todo mundo quer participar e passear. Aqui em Brasília é diferente, pois temos uma pluricultura, com pessoas de vários estados. Inclusive, muita gente de Minas Gerais. Também temos aquela turma que veio do Rio de Janeiro, que é superanimada com bares. Ou seja, os três públicos têm essa cultura, mas, em BH, ela é mais aflorada. No Rio, o evento começou na sexta-feira e já está fervendo. Em Brasília é bem diferente dos outros dois, mas todo mundo está se animando e indo aos bares.
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Como um visitante e cervejeiro pode aproveitar os 34 bares que participam do evento?
Uma das coisas que mais queremos com esse evento é fomentar e ajudar os bares a crescerem. Também queremos melhorar a gastronomia. Pedimos que cada bar crie um petisco especial para participar do evento. Uma coisa que acontece no Botecar em Minas e trouxemos para cá foi a ideia de fomentar a cultura. Este ano, o tema foi a música. Lá, os pratos precisam ter nomes de músicas, bandas ou cantores mineiros. Aqui, em Brasília, é uma homenagem aos cantores, bandas e músicas da cidade. A ideia é que esses petiscos sejam avaliados pelo público em geral, além do júri técnico.
Como funciona esse voto?
O público chega ao bar, experimenta o petisco e, por meio de um QR Code, pode votar em quatro quesitos: o petisco em si, avaliando se está bem apresentado e gostoso; a bebida que acompanha o prato; o atendimento, verificando se o garçom foi cordial e apresentou bem o prato; e, por último, a higiene, que considera o estado do bar, salão e banheiro entre outros espaços.
Veja o podcast
*Estagiário sob a supervisão de Malcia Afonso
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