Em entrevista ao programa CB.Poder Especial nesta quinta-feira (14/11), a governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão, comentou sobre as suspeitas de que o alvo do atentado que ocorreu na noite desta quarta (13/11) era o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
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"O alvo eram os ministros do Supremo. O que aconteceu é algo que a Polícia Federal e a Polícia Civil não haviam identificado, até porque vivemos um momento de muita violência nas redes. É tanta agressão, que precisamos repensar sobre isso. O que é verdadeiro e o que é lacração? Isso precisa ser levado com muita seriedade", afirmou.
Celina Leão explicou que ameaças feitas nas redes são consideradas crime, que precisa do monitoramento das forças de segurança. "Nesta semana, tivemos um ativista falando que botará um fuzil na cabeça de todos os deputados do PL. Então o nível de extremismo e de agressão é muito grave. É isso que precisamos trabalhar", acrescentou.
A governadora também falou sobre a importância de respeitar as opiniões contrárias, e disse que é preciso combater a violência. "A democracia no país está consolidada. Posso divergir de você, mas não posso aceitar nenhum tipo de violência. O diálogo e a democracia, a capacidade de saber que pensamos diferentes e temos posições diferentes, mas vamos sentar na mesa em situações difíceis para acharmos saída".
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À Polícia Federal, a ex-mulher de Francisco Wanderley Luiz, autor das explosões na Praça dos Três Poderes, afirmou que o objetivo era matar o ministro. A informação foi repassada pelo diretor da PF, Andrei Augusto Passos Rodrigues, em coletiva de imprensa.
Entenda o caso
Ao menos duas explosões foram ouvidas na noite desta quarta-feira (13/11) na Praça dos Três Poderes, na Esplanada dos Ministérios, na parte central de Brasília. Uma delas se deu em frente à estátua da Justiça, no Supremo Tribunal Federal. O local foi interditado pela Polícia Militar e pela segurança do STF.
Um homem morreu em frente ao Supremo. Ele se chama Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, natural de Santa Catarina, e é apontado como autor do atentado ao Supremo. Francisco foi candidato a vereador em 2020 pelo Partido Liberal (PL) em Rio do Sul (SC), mas não se elegeu. Em suas redes sociais, ele postou uma foto no interior do STF, tirada em agosto, com a legenda: "Deixaram a raposa entrar no galinheiro (chiqueiro)". Na publicação, ele exibia uma conversa consigo mesmo no WhatsApp, onde afirmava estar dentro do STF.
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Francisco deixou uma frase no espelho do quarto da casa alugada por ele, na QNN 7 de Ceilândia, indicando que o atentado ao STF havia sido premeditado.
A reportagem do Correio entrou no imóvel e, no espelho do quarto, encontrou a mensagem: “Débora Rodrigues, por favor não desperdice batom!!! Isso é para deixar as mulheres bonitas!!! Estátua de merda se usa TNT”. A referência à mulher citada se deve ao fato de ela ter escrito “perdeu mané” na estátua da Justiça em frente ao STF durante os atos antidemocráticos de 8 de janeiro do ano passado.
Cenas do atentado
Vídeos obtidos pelo Correio também mostram fumaça e vários sons de explosão em uma área usualmente movimentada entre a sede da Corte e a Câmara dos Deputados. Equipes do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar e da Polícia Civil foram deslocadas para a região e interditaram a área para varredura.
Veja o trabalho da polícia no local
Ministros em segurança
O Supremo Tribunal Federal (STF) informou, em nota, que a Corte foi evacuada logo que foram ouvidas as explosões ocorridas na noite desta quarta-feira (13/11) na Praça dos Três Poderes. Conforme informou o STF, os ministros foram retirados do prédio em segurança.
"Ao final da sessão do STF desta quarta-feira (13), dois fortes estrondos foram ouvidos e os ministros foram retirados do prédio em segurança. Os servidores e colaboradores do edifício-sede foram retirados por medida de cautela. Mais informações sobre as investigações devem aguardar o desenrolar dos fatos. A Segurança do STF colabora com as autoridades policiais do DF", afirma a nota.
Veja o relato de uma testemunha:
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