Arte e educação

CEF 15 promove exposição artística de alunos do programa de altas habilidades

Mostra Corpo Imaginário conta com 50 obras, produzidas por 11 estudantes, que exploram identidade e expressão dos alunos

Por Luiz Fellipe Alves*

Para valorizar e incentivar a produção artística de jovens alunos, o Centro de Ensino Fundamental (CEF) 15 de Taguatinga irá promover a exposição Corpo Imaginário, na qual 50 obras, produzidas por 11 estudantes do programa de altas habilidades da rede pública do Distrito Federal, ficarão expostas até 13 de dezembro.

Além da exibição dos projetos artísticos, a mostra, realizada por estudantes da Sala de Talentos do CEF 15, também é um projeto de autoconhecimento e expansão das zonas de interesse deles. A professora e organizadora da exposição, Priscila Eduardo de Oliveira, explica: “Cada obra exposta representa a jornada de autodescobrimento desses jovens artistas, que são orientados a explorar profundamente as percepções e a desenvolver uma linguagem visual própria”. 

Para Fábio Travassos de Araújo, professor de artes visuais e um dos organizadores da mostra, o projeto também é um exercício de visão de mundo: “A exposição é um espaço onde cada estudante pode expressar não apenas habilidades técnicas, mas principalmente as percepções únicas sobre o mundo que os cerca”.

“Muitas dessas crianças e desses adolescentes têm uma produção artística muito interna, no sentido de estar dentro de sua casa, muito individual, muito solitária. Trabalhamos com o interior do aluno, tentando trazer exatamente o que ele vê e como processa o mundo. Conseguimos resgatar essa coisa que está na mente mais profunda dele, para que possa externalizar isso em seu material artístico”, completa Fábio.

Autodesenvolvimento

O programa atende estudantes de diferentes colégios, permitindo a troca de experiência e novas vivências. “A sala de recursos me ajudou a me entender, a entender meu estilo, a desenvolver minhas habilidades artísticas e com um professor que tem muito a ensinar e está envolvido com a arte”, afirma Amanda Meireles, 16, aluna do 2° ano do ensino médio.

Para outros estudantes, o atendimento gerou novas oportunidades. Esse é o caso de Nícolas Max, 18, do 3° ano do ensino médio. “O atendimento me deu muitas oportunidades de visibilidade, de poder trabalhar e mostrar do que sou capaz. Pude trabalhar com mais materiais e conviver com outras pessoas que tinham as mesmas questões que eu.”

O atendimento visa o aprendizado e melhoria técnica dos estudantes. Maria Clara Moreira Andrade, 15, relata o choque quando começou frequentar o projeto: “Cheguei achando que já sabia desenhar, mas me ensinaram coisas que eu não sabia, técnicas novas. Tem momentos estressantes, mas no fim sempre vemos o resultado e ficamos muito felizes, sentimos orgulho de nós mesmos”.


Com informações da Agência Brasília

*Estagiário sob supervisão de Eduardo Pinho

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