INVESTIGAÇÃO

Morre ex-PM sequestrado por oito dias por dever a traficantes do DF

A vítima foi resgatada por policiais civis na segunda-feira (4/11) e se internou posteriormente em uma clínica de reabilitação do DF, local onde faleceu

Morreu, nesta quinta-feira (7/11), o ex-policial militar do estado de Minas Gerais que foi sequestrado e mantido em poder de traficantes durante oito dias em um hotel de Taguatinga. A vítima foi resgatada por policiais civis na segunda-feira (4/11) e se internou posteriormente em uma clínica de reabilitação do DF, local onde faleceu.

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A Polícia Civil, por meio da 38ª Delegacia de Polícia (Vicente Pires), vai investigar, agora, se a causa da morte do ex-servidor tem relação com as altas dosagem de clonazepam (rivotril) recebidas durante a semana em que foi mantido em cativeiro pelos traficantes. “Ele morreu em uma clínica de reabilitação. O corpo foi para o IML e vamos saber se tem alguma relação com as medicações que ele vinha recebendo. Caso confirmado, os autores vão responder por extorsão mediante sequestro com resultado morte. A pena é de 24 a 30 anos”, frisou o delegado Pablo Aguiar, chefe da 38ª DP.

Sequestro


A PCDF tomou conhecimento sobre o fato depois que a ex-mulher do homem procurou a delegacia para relatar sobre o furto do carro dela, em 28 de outubro.

Um dia após o registro do boletim de ocorrência, a mulher retornou à delegacia e disse desconfiar que o autor do furto era o ex-companheiro, o então policial militar. Em depoimento, ela contou que ele tinha a chave reserva do veículo. Após esse fato, a mulher recebeu um telefonema estranho. Na ligação, o PM confessou ter furtado o automóvel, pois estaria devendo R$ 20 mil a traficantes de Taguatinga.

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Os criminosos ligaram para a mulher diversas vezes, exigindo que ela transferisse a posse do veículo ou pagasse R$ 30 mil, alegando que a vida do ex-companheiro estava em risco, caso a dívida de drogas não fosse quitada.

Os agentes encontraram a vítima trancada em um quarto sob efeito de medicamentos. Aos policiais, ele disse que estava sendo dopado constantemente com clonazepam e agredido pelos autores. Além disso, contou que foi levado a um cartório em Samambaia para assinar uma procuração de transferência do veículo, sob ameaça de que só seria liberado após a assinatura ou o pagamento de R$ 30 mil.

No hotel, foram apreendidas facas, celulares (incluindo um produto de roubo) e drogas, como crack. Dois dos três presos estavam em regime aberto.

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