Investigação

Morador do Sol Nascente providenciava estadia e armas para gangue do Rolex

O criminoso, identificado como George Eduardo, foi preso nesta quinta-feira (7/11). Ele morava em uma casa de alto padrão, com banheira de hidromassagem, piscina aquecida e área de lazer. Cinco pessoas foram presas no DF, em São Paulo e Pernambuco

Atuante em todo o país, a chamada “gangue do Rolex” contava com um núcleo logístico no Distrito Federal, responsável por dar suporte aos membros que vinham de São Paulo para a capital. Nesta quinta-feira (7/11), a Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri) prendeu cinco pessoas em Brasília, São Paulo e Pernambuco por envolvimento com a quadrilha. O Correio apurou que, entre os presos, está George Eduardo, morador do Sol Nascente, encarregado de providenciar acolhimento e itens para o restante do grupo.

Os policiais estiveram na casa de George na manhã desta quinta-feira (7/11) para o cumprimento das ordens judiciais. O imóvel, situado em uma das regiões mais pobres do DF, o Sol Nascente, tem o padrão elevado: tem dois andares, banheira de hidromassagem, piscina aquecida na área externa, além de uma área para lazer (veja o vídeo abaixo).

 

George mantinha uma função importante na quadrilha do Rolex. Além de ceder estadia aos criminosos paulistas, ele providenciava motos, armas e recrutava parceiros para o cometimento dos roubos. Só no ano passado, a polícia contabilizou oito assaltos na capital em regiões de maior poder aquisitivo, como o Lago Sul e a Asa Sul. 

“Identificamos que a quadrilha mantém uma organização, em que há os responsáveis por identificar o relógio, por cometer o assalto e por vender o acessório”, explicou o delegado Tiago Carvalho, da Corpatri.

Cinco pessoas foram presas — incluindo George — no DF, em São Paulo e Pernambuco. No total, quatro relógios da marca de luxo foram apreendidos. 

Outro lado

À reportagem, a advogada de defesa de George, Daniella Visona, esclareceu que a casa foi construída em quatro anos e a reforma ainda não está concluída. Ressaltou que à época das obras a esposa de George trabalhava como sub gerente de uma loja de grife e recebia um bom salário. Por isso, o investimento no imóvel. 

"A casa não tem nenhuma ligação com o crime. O George é pedreiro e foi ele quem desenhou as coisas da casa, idealizou e construiu", finalizou a advogada.


 

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