CINEMA

Outras alternativas

Mariana Reginato*

Segundo Marcus Ligocki, diretor de cinema, o polo deve ter como objetivo ser um um ponto para troca de experiências para produção de filmes com potencial para estarem nas principais janelas de exibição, o que é complicado de ser alcançado sem a presença de pessoas que entendam do processo cinematográfico. 

“O Polo de Cinema é uma peça estratégica para isso, mas ele precisa ter essa perspectiva. Se não, ele não é exatamente algo relevante. Os mecanismos de financiamento que estão acontecendo hoje na cidade não estão adotando critérios mínimos para que os produtos acessem as principais janelas, para que essas obras sejam vistas e não estão gerando resultado”, comenta o diretor.

Para ele, a mudança de local do Polo de Cinema, como foi sugerido há alguns anos, seria benéfica para a cidade. “Trazer de uma área com pouca estrutura para dar assistência às produções, para uma área organizada, com boa infraestrutura, inteligência de negócios no centro de Brasília, é um excelente investimento. Sem dúvida nenhuma, isso é capaz de virar o jogo e tornar Brasília extremamente competitiva”, destaca Ligocki. 

A situação atual do local, apesar do investimento, não tem gerado resultado para a cidade, e tem diminuído a presença de atores e realizadores brasilienses nas produções locais. "Isso é, na minha visão, uma forma de destruição. Tudo que os realizadores locais sabem não tem sido integrado de forma inteligente. Não há um projeto de desenvolvimento. Desperdício de recursos da população local, dos pagadores de impostos. Isso precisa ser mudado urgentemente”, finaliza o diretor. 

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