Uma mulher foi presa preventivamente pela Polícia Civil (PCDF) suspeita de dopar uma idosa de 64 anos e roubar computadores, celulares, câmeras, cartões e R$ 1 mil do apartamento da vítima, na 109 Sul. O Correio apurou que a mulher, Luciana Emanoele Santos da Silva, foi contratada para trabalhar como cuidadora de idosos no imóvel, mas teria se aproveitado da função para cometer o crime.
Luciana divulgava o trabalho como cuidadora em grupos de WhatsApp e foi admitida por parentes da idosa, que é portadora de tetraplegia. A mulher iniciou o serviço em 8 de outubro e tudo correu normalmente. No entanto, no dia seguinte, a idosa acordou por volta das 6h e encontrou o apartamento totalmente revirado.
Segundo as investigações da 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul), Luciana teria deixado o imóvel levando vários objetos, tais como computadores, celulares, câmeras de vídeo, além de cartões bancários e R$ 1 mil. As imagens de câmeras de segurança do condomínio obtidas pela polícia mostram a mulher saindo pela portaria do prédio na madrugada de 9 de outubro com uma mala com rodas e uma sacola grande nas mãos.
Remédios
Em depoimento aos policiais, a idosa relatou que, na noite anterior ao crime, Luciana pediu que ela tomasse várias doses de café antes de dormir. Após a ingestão da bebida, a vítima não acordou durante a madrugada, uma vez que tinha costume de ir ao banheiro nesse horário.
O relato da idosa indicava que a cuidadora teria colocado alguma substância entorpecente no café para que a vítima dormisse a noite toda, enquanto a suspeita subtraía os bens do apartamento. Os agentes descobriram a presença da substância rivotril na bebida, um tranquilizante usado para prevenir e tratar convulsões, transtorno do pânico, transtornos de ansiedade e o distúrbio do movimento conhecido como acatisia. Nesta quinta-feira (31/10), durante o cumprimento das ordens judiciais, os policiais encontraram dois frascos do medicamento na casa de Luciana.
Em 2023, a cuidadora chegou a ser condenada em regime inicial aberto pela prática de roubo com violência imprópria, conhecido como “Boa Noite Cinderela”. Na ação penal, foi provado que ela colocou os medicamentos bromazepam e clonazepam na bebida de um homem de 70 anos durante um encontro em um restaurante em Taguatinga. Além do roubo, os investigadores localizaram outras cinco ocorrências em que a Luciana é apontada como suspeita de ter cometido furtos em residências de idosos com o mesmo modus operandi. Presa, ela pode pegar até 10 anos de reclusão pela prática de roubo com emprego de violência imprópria.
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